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A Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), a Central de Abastecimento do Rio Grande do Sul (Ceasa) e a Emater/RS-Ascar realizaram, na segunda-feira (25), o Seminário Regional de Agroindústrias Familiares e Abastecimento, em Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo. O evento - que contou com a presença de representantes de diversas entidades, associações, cooperativas, além de lideranças políticas e agricultores - teve como objetivo debater as alternativas para a agroindústria familiar.
No decorrer do dia, aspectos como governança regional, elaboração de projetos, questões sanitárias, bem como o Programa de Regionalização do Abastecimento e Comercialização da Agricultura Familiar, foram discutidos. A ocasião também serviu para apresentar o Programa de Agroindústria Familiar do governo do Estado e quais os procedimentos para a legalização das agroindústrias.
Para o coordenador da SDR, engenheiro agrônomo Mauro Stein, o seminário vem ao encontro da missão da pasta, que foca suas ações na elevação do bem-estar social, na produção de alimentos de qualidade e na soberania alimentar. “A ideia é buscar o desenvolvimento local e regional, compreendendo o meio rural para além da produção de negócios”, salientou. “Esse tipo de trabalho oferece possibilidades concretas de diversificação de atividades produtivas”, afirmou.
Para o gerente do escritório regional da Emater/RS-Ascar em Lajeado, Derli Bonine, a agroindústria é a forma mais eficaz de transformar uma região. “Otimizar o processo é o caminho para a melhoria das atividades”, observou. Já o vice-prefeito de Santa Cruz do Sul, Luis Augusto Costa Campis, garantiu que os agentes políticos estão ao lado dos produtores. “Sabemos que a agroindústria familiar qualificada é o símbolo do crescimento da sociedade como um todo”, avaliou.
Além dos citados, participaram da mesa oficial o representante da SDR Ricardo Frisch; o diretor técnico da Ceasa, Gerson Madruga; o representante do Arranjo Produtivo Local (APL) das agroindústrias familiares do Vale do Rio Pardo, Marco Antônio Dornelles; o presidente da Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp) e o prefeito de Boqueirão do Leão, João Davi Gorgen, e o chefe de gabinete da Emater/RS-Ascar, Jaime Weber.
Dentro da programação do seminário, o coordenador da Uergs, em Santa Cruz do Sul, José Antônio Schmitz, apresentou um diagnóstico da agroindústria familiar, no Vale do Rio Pardo, resultado de um extenso trabalho realizado pela SDR, em parceria com diversas entidades locais e regionais. O relatório mostra que, das 151 agroindústrias familiares existentes na região, 143 estão no meio rural. Outro dado mostra que, entre os empreendimentos analisados, 43,7% trabalham na informalidade, sem estarem legalizados.
A partir desse diagnóstico, com o objetivo de tornar o cenário mais favorável, foi criado um plano de desenvolvimento para o Arranjo Produtivo Local (APL), baseado na Política Estadual de Fomento à Economia da Cooperação, que acabou não sendo aprovado. O resultado, de acordo com Schmitz, serve de aprendizado. “Precisamos nos aproximar mais, nos organizar, para que possamos interagir com mais eficácia, aproveitando nossos potenciais”, afirmou.
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