Produquímica reforça sua atuação no setor sucroenergético
Foi lançado oficialmente, na manhã desta sexta-feira (24), o projeto Agroescola, resultado de um esforço conjunto entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), unidade de Campo Grande, MS, e governos estadual e municipal.
O prédio do Centro Tecnológico de Especialização Agropecuária (Agroescola) está localizado na sede da Embrapa Gado de Corte, que fica às margens do km 4 da BR 262, em Campo Grande. É de alvenaria e possui cerca de 600 metros quadrados. Aos cofres públicos custou, em 2006, em torno de 79 mil reais. O prédio, hoje todo equipado, possui salas de aulas e de apoio a professores e coordenadores do curso; banheiros, cozinha, área de serviço e dormitórios.
A solenidade de inauguração do projeto que contou com a participação de representantes do governo de MS, do prefeito da capital, Nelson Trad Filho e de parceiros, marcou os dirigentes da Embrapa que durante seis anos buscaram a consolidação do programa de transferência de tecnologia e capacitação em pecuária de corte. ““É papel da Embrapa contribuir para o desenvolvimento do País gerando conhecimento, e o que vemos hoje são resultados positivos de um esforço conjunto””, afirmou o pesquisador Kepler Euclides filho, idealizador do Agroescola. Em entrevista, ele destaca também a importância de se valorizar estudantes de nível médio, qualificando-os para um mercado de trabalho cada vez mais tecnificado e exigente em mão de obra especializada. Quem também externou satisfação com o projeto do Agroescola foi o chefe-geral da Unidade, Cleber Soares. Ao abrir o evento ele lembrou da importância da atuação de todos os parceiros no processo que colocou a escola em funcionamento. Cleber Soares agradeceu o empenho de todos e destacou o privilégio da Empresa em contribuir na formação de especialistas em bovinocultura de corte, e assim, poder suprir uma deficiência de mão de obra especializada na cadeia produtiva de gado de corte.
Nesta mesma ocasião várias autoridades se pronunciaram, como os representantes da Universidade Federal de MS (UFMS) - que trabalhou na organização pedagógica do curso; da FUNDECT, onde o diretor Marcelo Turine destacou a iniciativa da Embrapa afirmando que o feito era um exemplo para o Brasil; o prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho que lembrou a persistência da direção da Embrapa em colocar o projeto em funcionamento; além das demais que enalteceram a iniciativa e o esforço do grupo em tornar o Agroescola uma realidade.
A escola está em atividade desde o início do mês de julho com 19 alunos oriundos do ensino médio da Escola Agrícola de Campo Grande. A duração do curso de capacitação em gado de corte é de 10 meses e o número total de vagas é 25, o que deverá ser preenchida na sua totalidade a partir de março, quando será organizada a segunda turma. O curso está dividido em cinco módulos com aulas teóricas e práticas abrangendo as áreas de melhoramento animal, sanidade, pastagens, ovinocultura e sistema de produção animal. Os professores são pesquisadores da Embrapa. Rozimar Lopes Bezerra, pedagoga e funcionária municipal, responde pela coordenação do curso, segundo ela, o esforço está sendo grande para cumprir o cronograma planejado com aulas sendo ministradas até aos sábados. ““Pretendemos formar a primeira turma no final do mês de fevereiro. Nossa expectativa é disponibilizarmos para o mercado técnicos qualificados””, diz a coordenadora que não descarta a proposta de parcerias para colocação do contingente no mercado de trabalho.
Já para os alunos a expectativa é grande, como a de Willian dos Reis, 17 anos, que espera sair do curso apto e com contrato de trabalho. Em seu discurso como representante dos alunos, Willian enfatizou a importância da mão de obra especializada. “O mercado de trabalho está cada vez mais exigente, por isso quanto mais especializado for o profissional, melhor”.” Ele também agradeceu às entidades responsáveis pela oportunidade da formação, que, segundo ele, é de grande importância para a vida pessoal e profissional dos estudantes. Nesta mesma linha de pensamento, Hélia D´’Ávila, de 19 anos, afirma que o curso é muito bom e que o aprendizado está sendo de muita utilidade, já que ela pretende seguir carreira no curso superior de agronomia com intenção de trabalhar com projetos de integração lavoura-pecuária-floresta. “Quero atuar na área e participar de projetos e estou achando ótima as aulas práticas com ovinos e nos laboratórios””, declarou.
O propósito do curso é aproximar o conhecimento e a geração tecnológica do centro de pesquisa com os setores de formação, capacitação e qualificação do trabalhador, utilizando-se das condições de geração e prática tecnológica de pecuária de corte existente na Embrapa Gado de Corte, como núcleo de especialização para os alunos formados em escolas agrotécnicas, proporcionando: o aumento das taxas de empregabilidade dos alunos oriundos das escolas agrotécnicas (ensino profissionalizante) com incremento de renda dos trabalhadores; maior eficiência e produtividade do setor produtivo da pecuária de corte pela celeridade de incorporação tecnológica no campo; disponibilização ao mercado de profissionais com maior qualificação, propiciando maior inclusão de mão de obra no setor; a potencialização e a acessibilidade ao saber científico instalado nos centros de pesquisa e desenvolvimento, integrando ao complexo de educação de 2º grau profissionalizante, alunos e professores e, o domínio do proceder tecnológico e de suas correlações com o meio ambiente na prática de uma pecuária sustentável e competitiva.
Outras informações poderão ser obtidas com a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do MS (Fundect):
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura