Brasil e Argentina ajustam comércio de produtos agrícolas
O Projeto AGROdestaque divulga as contribuições que o egresso da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (USP/ESALQ) realiza nas Ciências Agrárias, Ambientais e Sociais Aplicadas. Consiste em uma entrevista em formato ping-pong, na qual é possível obter informações sobre o egresso – breve currículo, demandas da área em que atua e opiniões acerca de aspectos relacionados ao mercado profissional.
Além da publicação nos sites da Escola (
) e da Associação dos Ex-alunos da ESALQ (ADEALQ) (
), o material é disponibilizado como sugestão de pauta aos veículos de comunicação da USP, de Piracicaba e região, bem como aos profissionais da mídia especializada. Segue entrevista com Alexandre Ferreira Develey, formado em Engenharia Agronômica em 1995.
Durante a graduação, fez residência na área de irrigação na Schumakker Van Zanten. Após formar-se, continuou na empresa como gerente de produção de hortaliças hidropônicas e de flores ornamentais. Em seguida, gerenciou a linha de sementes ornamentais da Syngenta, onde está até hoje, trabalhado com sementes de hortaliças, milho, biotecnologia e soja.
Atualmente ocupo a posição de Head Global de soja para sementes e biotecnologia. Estou sediado em Montevideo, no Uruguay, e trabalho junto aos principais países onde a Syngenta atua na cultura de soja para garantir a entrega de um portfolio de produtos, mantendo a competitividade e liderança, bem como a busca de soluções integradas que promovam, aos agricultores, ganhos de produtividade e melhor retorno de seus investimentos. Acredito que não é necessário citar a importância da soja para a agricultura mundial, bem como o papel da tecnologia nesse setor. Sementes de alto potencial genético são partes extremamente importantes para o aumento da produtividade e melhor uso dos recursos naturais na produção de alimento. Atualmente os países de maior atuação em minha posição são os principais produtores de soja: Estados Unidos, Brasil e Argentina.
O maior desafio, atualmente, é aumentar a produção de alimentos de forma sustentável, preservando os recursos naturais. Parte da solução está no aumento da intensidade de cultivo por meio da adoção de tecnologias. Sabemos que, no caso de soja, com o uso de tecnologia, podemos dobrar a sua produtividade por hectare em comparação com as médias atuais. Para que isso ocorra, há uma variável econômica na equação para que agricultores adotem tais tecnologias.
Com as empresas cada vez mais globalizadas, aumentando seus investimentos nas áreas de melhoramento genético e biotecnologia, o mercado fica cada vez mais competitivo. Por consequência, a busca por profissionais preparados que, além do conhecimento acadêmico, também tenham uma visão holística da agricultura e suas relações com outros setores da economia. Profissionais com alto poder criativo voltado para soluções inovadoras.
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