Agricultura orienta plantio de mandioca e feijão

25.01.2011 | 21:59 (UTC -3)

Os zoneamentos agrícolas de risco climático para a mandioca e feijão foram publicados no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (24). A pesquisa, coordenada pelo Ministério da Agricultura, identifica os municípios aptos e os períodos de semeadura para o plantio de mandioca, feijão 1ª safra e feijão caupi nos estados do Piauí, Alagoas, Sergipe e Acre.

 

A mandioca é uma planta rústica que apresenta adaptação às diversas condições de clima e solo, além de ser resistente e tolerante a pragas e doenças. Os principais elementos climáticos que afetam a cultura da mandioca no Piauí são temperatura do ar, radiação solar e regime hídrico. A precipitação pluviométrica ideal para a cultura está entre 1.000 a 1.500 mm distribuídos durante o ano. Em função de sua alta tolerância à pouca oferta de água, pode ser cultivada em regiões com menos de 800 mm de chuva por ano, com uma estação seca de quatro a seis meses de duração. A escassez de água nos primeiros cinco meses após o plantio é prejudicial ao desenvolvimento dessa raiz.

 

A produtividade do feijão (Phaseolus vulgaris L.), por sua vez, é bastante afetada pelas condições climáticas durante o ciclo da cultura. Altas temperaturas ocorridas no Acre e em Sergipe prejudicam o florescimento e a frutificação do feijoeiro. As temperaturas baixas, por sua vez, reduzem a produtividade. O feijoeiro é mais suscetível à oferta de água durante a floração e o estádio inicial de formação das vagens. O período mais crítico se situa entre 15 dias antes da floração e a floração plena.

 

O feijão caupi (feijão-de-corda) constitui fonte de proteínas e alimento básico para grande parte da população do Nordeste. No Brasil, é cultivado na zona semi-árida da região, predominantemente, e em pequenas áreas da Amazônia. O estudo mostra que as temperaturas para o bom desenvolvimento da cultura nos estados de Alagoas e Sergipe estão na faixa de 18ºC a 34ºC. O calor excessivo prejudica o crescimento e o desenvolvimento da cultura. O caupi necessita de, pelo menos, 300 mm de precipitação ao longo do ciclo.

 

Cevada

 

As orientações para o cultivo da cevada irrigada nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal e do amendoim em Sergipe e Alagoas também foram divulgados pelo DOU na sexta-feira, 21 de janeiro.

 

O plantio da cevada (Hordeum vulgare L.), antes restrito às regiões de clima frio, está sendo desenvolvido em áreas de Cerrado. Em Goiás e no Distrito Federal, a gramínea é uma importante opção tanto na rotação de culturas para a produção de grãos, como no aproveitamento da palha no sistema de plantio direto. O cultivo irrigado adaptou-se bem às condições do Cerrado brasileiro. Em São Paulo e Minas Gerais, as condições climáticas durante o período de outono e inverno são favoráveis. Nessa época, as baixas temperaturas juntamente com a umidade relativa do ar e a ausência de chuvas contribuem para o melhor desenvolvimento da planta e a menor incidência de pragas e doenças.

 

O amendoim (Arachis hypogaea L.) adapta-se a diversos climas, desde os equatoriais até os temperados. A cultura desenvolve-se melhor, com produtividade mais elevada, em climas quentes, como os de Sergipe e Alagoas. Temperaturas de 30°C são as mais benéficas para a germinação, desenvolvimento inicial das plantas e, também, na formação do óleo. O cultivo do amendoinzeiro não é indicado para regiões muito úmidas ou com períodos de chuvas muito prolongados. Essas condições propiciam o aparecimento de doenças, além de prejudicar a colheita e a qualidade do produto.

 

Confira as orientações do estudo da mandioca, feijão 1ª safra e feijão caupi nas portarias nº 8 a 12 e da cevada irrigada e do amendoim nas portarias nº 2 a 7.

 

Inez De Podestà

Mapa

(61) 3218-2203

imprensa@agricultura.gov.br

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