Agricultores mineiros mostram no Brasil Rural Contemporâneo que o café é preferência nacional

26.11.2012 | 21:59 (UTC -3)
Fonte: Assessoria de Imprensa

Seja comendo um pão com manteiga ou depois daquele almoço, é unânime: o café é a preferência nacional. A bebida, que é tão tradicional no País, desperta a curiosidade dos visitantes que passam pela oitava edição do Brasil Rural Contemporâneo, a maior feira da agricultura familiar da América Latina. Entre vendas e degustações, três agricultores mineiros mostraram o que a agricultura familiar tem de melhor na produção da bebida de tantos apelidos – seja ele cafezinho, pingado, espresso ou carioca.

Dante Giubilei Neto, 53 anos, veio representando a Cooperativa Regional dos Cafeicultores de São Sebastião do Paraíso (Cooparaíso), primeira a obter o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Quase seis mil agricultores trabalham pesado no município, situado no sudeste de Minas Gerais, para que os oito tipos de café comercializados na Feira caiam no gosto do público. “Vim preparado, trouxe mil quilos de café”, conta. Entre uma venda e outra, Dante mostra, orgulhoso, os três tipos do produto que são exportados para a França: o Espresso, o Alto Paraíso (café mais encorpado e forte, segundo o agricultor) e o Classic Mogiana (esse, mais suave e adocicado). Em sua primeira Feira, Dante conta o truque para melhorar as vendas. “Tem que ter tática”, brinca. Os seus produtos custam entre R$ 7 e R$ 42 e quem passar por lá também pode comprar kits com xícaras e cafés em embalagens mais elaboradas.

Logo ao lado, uma simpática agricultora vende seu café orgânico. Maria da Conceição de Jesus Lara, 57 anos, produz junto com o marido e o filho, em um espaço de 12 hectares em Piedade dos Gerais, município a 140 km de Belo Horizonte. Segundo Maria Conceição a produção é totalmente artesanal e sem uso de agrotóxicos, o que torna o seu café muito mais saboroso “Não entra nada de fora, é tudo natural.” Ela explica que a colheita é minuciosa, para que o cliente sinta o verdadeiro gosto do café. “Colhemos apenas o grão cereja, que é o vermelhinho, tudo a mão. É o segredo para ficar bom”, revela. A agricultora utilizou o do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), linha de crédito do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) para incrementar a sua produção.

Cliente fiel desde 2009, Eduardo Guimarães, de 30 anos, voltou para comprar o produto da agricultora mineira. Ele veio à Feira desejando o café de dona Conceição. “Em 2009, não se via muito produto orgânico, hoje é mais comum. Entre outras coisas, vim aqui para comprar o café dela”, diz.

Os produtos da família de Conceição variam entre R$ 8 e R$ 14, em pacotes de 250 e 500g. “Para mim, a lavoura não é local de trabalho, é de descanso”, fala a agricultora

Também de empreendimento familiar, a agricultora mineira de Manhuaçu Maria Aparecida Dutra, 40, mostra seu café aos visitantes e turistas. Ela explica que não comercializa seu produto em mercados, mas vende diretamente para o consumidor final. “Nosso café é fino, exportamos para a França”, orgulha-se a agricultora do Café Gourmett. Por R$10 o visitante pode comprar a bebida produzida pela família que utiliza uma área de 20 hectares na Zona Rural do município. “Espero que não volte nada para Minas, quero vender tudo.” Aparecida já participou de outras edições e também utilizou recursos do Pronaf para investir em sua propriedade.

Quem quiser provar o café desses mineiros, pode passar nos estandes da Região Sudeste, representados pela cor azul, até domingo (25), na Marina da Glória no Rio de Janeiro.

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