Agricultores intensificam plantio do milho no Rio Grande do Sul

17.08.2012 | 20:59 (UTC -3)
Júlio Fiori

Segundo o Informativo da Emater/RS-Ascar sobre a situação das principais culturas e criações no Rio Grande do Sul, divulgado nesta quinta-feira (16), os produtores de milho começam a intensificar a semeadura da cultura nas microrregiões mais quentes do Estado, principalmente de Ijuí para o Norte (Região Celeiro) e arredores de Santa Rosa, na Fronteira Noroeste.

Nas demais áreas, já é possível identificar a realização das dessecações de lavouras com aveia e azevém, que servem como cobertura do solo durante o inverno. A chuva ocorrida durante o último período, associada à elevação da temperatura do solo, foi decisiva para a germinação das sementes, com as lavouras apresentando um bom stand inicial.

Nas tradicionais regiões produtoras de arroz, os orizicultores iniciam o preparo do solo, com drenagem, limpeza de canais e sistematização das áreas. Na Fronteira Oeste, o que preocupa os produtores é a lenta recuperação dos mananciais de água (barragens e açudes), que no momento estão com volumes acumulados ao redor de um terço da capacidade, podendo ocasionar uma diminuição da área cultivada nessa região. Em Dom Pedrito, na região da Campanha, por exemplo, a água acumulada para irrigação alcança apenas 10 mil hectares. Isso representa cerca de 20% da área comumente plantada no município, que é de cerca de 50 mil hectares.

Os produtores de feijão que ainda têm produto para colocar no mercado estão auferindo bons retornos econômicos. Os negócios mantêm-se em elevação, mantendo tendência do último mês. Nessa semana, a variação positiva foi de 1,16% sobre a anterior, determinando um valor médio da saca de 60 kg do feijão-preto de R$ 102,17. Esses valores remunerativos, tradicionalmente, mostram tendência de um possível aumento de área na safra que se aproxima.

As temperaturas mais altas verificadas durante o último período proporcionaram um crescimento intenso do trigo, com a cultura apresentando um ótimo desenvolvimento vegetativo. A floração aparece mais intensamente na região ao redor de Ijuí (microrregiões de Três Passos e Santo Augusto), sendo que o total plantado no Estado chega a 5%. O período foi propício para as práticas culturais de controle de inços, adubação de cobertura e aplicações fúngicas, que foram intensificadas em algumas áreas devido ao aparecimento de manchas foliares.

O calor fora de época tem preocupado os produtores de pêssego. Com as variedades superprecoces já definindo frutificação e as precoces e as de ciclo médio em pleno florescimento, a ocorrência de geadas nestas fases poderá afetar o potencial produtivo dos pomares. O clima atípico para esta época do ano também exige dos produtores celeridade na poda de produção e nos tratamentos antifúngicos dirigidos às flores. Outra prática bastante difundida nos pessegais, advinda dos vinhedos, o manejo das plantas de cobertura do solo, primordialmente gramíneas de inverno como aveia-preta e azevém, encontra-se na sua culminância.

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