Agentes de Desenvolvimento Rural Sustentável são capacitados

15.12.2011 | 21:59 (UTC -3)
Fonte: EBDA/Assimp

A Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), vinculada à Secretaria da Agricultura (Seagri), realiza segunda (19) e terça-feira (20), em seu Centro de Treinamento, em Salvador, o último de dez treinamentos para formação de 40 Agentes de Desenvolvimento Rural Sustentável (ADRS). Essa formação faz parte das atividades do projeto Estudo de Unidades de Produção Familiar com Validação e Criação de Alternativas Sustentáveis de Convivência com o Semiárido, financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e desenvolvido pela EBDA no Território Sertão do São Francisco, desde 2008.

O objetivo do projeto é pesquisar, entender e apoiar os arranjos socioprodutivos dos agricultores familiares nos domínios agropecuários, agroalimentar e socioambiental para criação de unidades familiares de referência de convivência com o semiárido, visando o desenvolvimento territorial sustentável. Nesse contexto, a formação dos agentes integra atividades do projeto, que, na sua décima edição, totaliza 200 horas/aula, e igual período de ações práticas desenvolvidas pelos agentes em suas comunidades.

Na programação da capacitação constam palestras sobre: Manejo Ecológico de Abelhas sem Ferrão, na Caatinga; Políticas públicas para a Agricultura Familiar, e Uso da Homeopatia aplicada em Animais do Semiárido. Como atividade final, os agentes receberão certificados de conclusão do curso do presidente da empresa, Elionaldo de Faro Teles.

De acordo com a coordenadora do projeto, Edonilce Barros, durante o processo de formação, os agentes diagnosticaram as unidades de produção familiar em suas comunidades, levantando informações que direcionaram um planejamento de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) qualificada. “Foram diagnosticadas 200 Unidades de Produção Familiar (UPF), onde são implementadas ações de inclusão socioprodutiva dos agricultores, respeitando as características de cada localidade”, comentou a coordenadora.

Algumas comunidades assistidas se destacaram pelos resultados obtidos. É o exemplo da comunidade Lagoa do Mari, distrito de Sento Sé, que, de forma pioneira, implantou hortas orgânicas comunitárias, utilizando tecnologias de irrigação simplificada, como aspersão com garrafa Pet. Outro destaque foi o trabalho de educação ambiental, com foco nos recursos naturais da caatinga. Para o agente José Valdi do Nascimento, o projeto teve um grande impacto na comunidade, principalmente nas questões de segurança alimentar, com produtos da horta comunitária.

“Hoje, a comunidade tem uma identidade territorial e os agricultores se reconhecem como tal. A nossa próxima meta é aumentar a produção para, além do consumo das famílias, comercializar o excedente na feira livre de Sento Sé”, ressaltou Nascimento.

Outros resultados exitosos acontecem nas comunidades de Icó, em Curaçá, Barra e Cacimbinha, ambas em Casa Nova. Em Icó foram construídas duas barragens subterrâneas para armazenamento de água que vai favorecer o plantio de forragens para os animais, além de pequenas hortas orgânicas, contemplando 17 famílias da comunidade. Já em Casa Nova a prioridade das comunidades foi intensificar as alternativas de segurança alimentar do rebanho. Nessas localidades foi implantada uma unidade demonstrativa de palma adensada.

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