Nova soja preta tem mais proteína que feijão e sabor aprovado
Característica importante porque a resistência ao gosto forte da soja foi por muito tempo um desafio para a pesquisa científica
A australo-americana AgBiTech abre na capital Goiânia um laboratório dedicado a estudos e pesquisas na área de manejo biológico de pragas. Resultante de uma parceria estratégica entre a companhia e a UFG - Universidade Federal de Goiás, o novo espaço tem inauguração prevista na primeira quinzena de novembro e será um centro de referência e inovação na área, segundo informam a companhia e a universidade.
Empresa nascida na Austrália no ano 2000 – no auge da ocorrência de ataques em série da lagarta Helicoverpa armígera às lavouras daquele país -, a AgBiTech transferiu sua sede para os Estados Unidos em 2015, quando recebeu investimentos do fundo de Private Equity Paine Schwartz Partners (PSP) e ergueu em Dallas, no Texas, a maior unidade produtiva de baculovírus do mundo. O PSP conta hoje com 42 empreendimentos, a maior parte destes ligada ao agronegócio global.
De acordo com especialistas, os baculovírus, também chamados defensivos agrícolas biológicos, agem com eficácia no manejo de resistência às lagartas que transferem mais prejuízos aos grandes cultivos do Brasil, incluindo soja e algodão - Helicoverpa armigera, Chrysodeixis includens (falsa-medideira) e principalmente o complexo de Spodopteras, que a cada safra se mostra mais resistente ao controle químico.
Segundo o professor Luizmar Adriano, diretor tecnológico do Parque Samambaia, onde funcionará o novo laboratório de pesquisas, a aliança estratégica firmada com a AgBiTech consiste num modelo virtuoso de ação na busca por inovações tecnológicas. “A proximidade da empresa com pesquisadores e alunos possibilitará o compartilhamento de conhecimento e a construção de projetos relevantes ao agronegócio.”
“Trata-se de mais um investimento importante que a AgBiTech realiza no Brasil. O laboratório ficará no Parque Tecnológico na Universidade Federal e a expectativa é a de que pesquisadores da empresa e da renomada instituição desenvolvam diversos projetos em conjunto, em benefício da agricultura do Centro-Oeste e do Brasil”, acrescenta Adriano Vilas Boas, diretor geral da AgBiTech na América Latina.
Janayne Rezende, pesquisadora da AgBiTech e responsável pela implantação do laboratório, entende que a atuação conjunta da empresa com a universidade contribuirá para disseminar mais conhecimento no País acerca da importância dos produtos biológicos no manejo de pragas. “Baculovírus são produtos de alta qualidade que agregam produtividade e sustentabilidade à agricultura”, conclui a entomologista.
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