ADM revela resultados do primeiro ano do programa Regeneração

Companhia reuniu jornalistas e convidados nesta semana para apresentar dados coletados na safra 2023/24

04.12.2024 | 15:02 (UTC -3)
Nathianni Gomes


Lançado em 2023 no Brasil pela ADM (Archer Daniels Midland), uma das maiores empresas de agronegócios do mundo, o programa Regeneração acaba de divulgar os resultados da sua primeira etapa de implementação. O projeto inicial envolveu cerca de 16 produtores de soja das regiões de Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. Ao todo, foram mapeados 25 mil hectares. 

A iniciativa foi realizada com apoio da Bayer, que desenvolveu, junto com a Embrapa, uma calculadora para medir a pegada de carbono nas lavouras de clima tropical. André Germanos, gerente de Negócios de Carbono e Agricultura Regenerativa da ADM para América Latina, explicou em coletiva com a imprensa nesta terça (3) que esse foi um processo importante, já que a maioria das calculadoras disponíveis no mercado são calibradas com dados de clima e solo referentes a lavouras dos Estados Unidos ou da Europa. 

“Esse programa foi bastante intenso. Tivemos um começo com bastante interação, visitando os produtores, entendendo seus métodos produtivos e coletando dados específicos, ou seja, evidências para uso na calculadora”, afirmou. 

A primeira etapa consistiu na comparação de áreas que adotam boas práticas agrícolas cadastradas no programa a um benchmark, ou seja, um padrão internacional utilizado por empresas quando precisam declarar a pegada de carbono da soja adquirida, exportada ou processada. A partir dessa análise, foi constatada a redução de 50% nas emissões em relação ao número médio relatado. 

A partir dos resultados obtidos, a segunda etapa do programa deverá entrar em vigor em seguida.

A iniciativa, 100% custeada pela ADM, realizará coletas de solos afim de mensurar quanto carbono a agricultura é capaz de captar.

A produtora rural participante do programa, Lisandra Zamboni, contou que, a princípio, viu o programa com desconfiança. Após analisar com mais cuidado quais informações precisaria compartilhar e resultados que poderia obter, Lisandra passou a ver a iniciativa como uma oportunidade para implementar novas práticas sustentáveis. A produtora cultiva soja em 1,2 mil hectares, dos quais 15% foram acompanhados pela equipe da ADM. 

Eduardo Rodrigues, novo diretor de grãos da ADM, frisou que a Agricultura Regenerativa vai muito além de melhorar o solo ou aumentar a sustentabilidade, indo de encontro aos valores da companhia.

“Nesse primeiro ano, tivemos muitos desafios e aprendizados, e com a parceria dos nossos parceiros, conseguimos refletir os impactos das ações realizadas”, destacou. 

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