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O preço do açúcar atingiu a cotação mais baixa dos últimos 21 meses, na Bolsa de NY. As negociações da semana apresentaram queda mais uma vez e o vencimento julho/2012, só para exemplificar, fechou com desvalorização de 53 pontos – ou seja, 12 dólares por tonelada.
Isso não chega a ser uma surpresa diante do desempenho sofrível das commodities nos cinco primeiros meses do ano: o suco de laranja perdeu 35%, café 30%, algodão 23% e milho 13%. E nessa onda, a queda do açúcar foi de 18%. Exceção somente para a soja e farelo de soja, que subiram 12,2% e 28,5% no ano, respectivamente.
De acordo com Arnaldo Luiz Corrêa, gestor de riscos e diretor da Archer Consulting, o frágil cenário macro, dominado pelas intermináveis preocupações com a região do Euro – agora com a Espanha no centro das atenções –, foi corroborado com os números da economia chinesa, indicando que ela não deve crescer o que o mercado antecipara, e da Índia, que também espera uma queda no seu crescimento. “Nesses momentos, os investidores saem em bando dos ativos de risco e vão para os papéis seguros do tesouro americano, alemão e japonês”, completa Arnaldo.
No mercado interno, um possível pacote de medidas que o governo estaria preparando para ajudar o setor sucroalcooleiro a sair da crise foi pauta de muitos debates. Entre as medidas, estaria a redução do PIS/COFINS incidente no etanol, a desoneração tributária do setor e os leilões específicos para compra de energia elétrica.
“Por enquanto estamos apenas nas discussões, sem nada de concreto, mas o fato é que o setor precisa urgente de investimentos, que só virão quando houver transparência por parte do governo sobre a política para o setor. Nem os mais otimistas acreditam na retomada do setor em menos de dois ou três anos”, avalia Arnaldo.
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