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O projeto “Plantando Água – Consciência Ambiental na Bacia do São Francisco”, que inclui dois trabalhos de extensão do Instituto de Ciências Agrárias (ICA) da UFMG, está entre os agraciados do 7º Prêmio Furnas Ouro Azul, que incentiva propostas de recuperação e conservação de recursos hídricos em Minas Gerais , Rio de Janeiro e no Distrito Federal.
Os trabalhos do ICA são o “Plantando Água” e o “Educação Ambiental Itinerante”, coordenados pelos professores Jussara Machado Jardim Rocha e Luiz Arnaldo Fernandes, respectivamente. A cerimônia de premiação será na próxima quarta, 10, em Belo Horizonte.
O Ouro Azul é promovido pelos jornais Estado de Minas, Correio Braziliense (DF) e Jornal do Commercio (RJ), em parceria com Furnas Centrais Elétricas, em cinco categorias. Como a inscrição do projeto foi feita pela Emater-MG, uma das parceiras do ICA nos trabalhos, a premiação será na categoria Empresas Públicas. Outros parceiros são o Ministério Público do Estado de Minas Gerais – por meio do Núcleo Interinstitucional de Estudos e Ações Ambientais do Norte de Minas – e Conselhos Municipais de Conservação e Defesa do Meio Ambiente.
Ambos os trabalhos de extensão do ICA são voltados para a revitalização da bacia do Rio São Francisco no Norte de Minas. O “Plantando Água” o faz por meio de práticas de conservação do solo e da água, como obras para captar água das chuvas, a exemplo de pequenas barragens e terraços, também conhecidos como curvas de nível. As barraginhas e os terraços, ao conter as enxurradas, diminuem os danos ambientais, principalmente a erosão do solo e o assoreamento dos cursos d’água.
Segundo o professor Luiz Arnaldo Fernandes, a parceria com o Ministério Público garante o financiamento dessas práticas de conservação do solo e da água, uma vez que os recursos vêm de termos de ajuste de conduta de empresas que causaram algum tipo de impacto ambiental. O “Plantando Água” é desenvolvido desde 2006.
No ano seguinte, começaram as atividades do projeto “Educação Ambiental Itinerante”, em municípios da sub-bacia do rio Verde Grande: palestras e oficinas sobre legislação ambiental, conscientização e orientação sobre práticas conservacionistas. Como explica a professora Jussara Rocha, um dos públicos preferenciais dessas atividades são produtores rurais e mineradores, dentre eles infratores de leis ambientais, encaminhados pelo Ministério Público. Mas o projeto também atende solicitações de escolas e associações rurais e urbanas.
O caráter itinerante fica por conta de Eduquinha, a van que transporta os equipamentos necessários às atividades de educação ambiental – computador, data-show, tela, som, tenda. O nome do veículo foi escolhido por meio de concurso realizado pela Emater em escolas do Norte de Minas. Nesses dois anos do projeto, estima-se que a Eduquinha já tenha levado suas atividades a mais de 10 mil pessoas.
Juliana Paiva
Instituto de Ciências Agrárias /UFMG
(38) 2101-7773
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