Pesquisador da Embrapa Trigo avança conhecimentos sobre brusone na Holanda
O fato de entidades da cadeia produtiva se sentarem à mesa para discutir os melhores caminhos diante da crise mundial é, na opinião da Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem), até mais importante que o próprio assunto a ser debatido. Para o presidente da Abrasem, Ywao Miyamoto, que sempre pregou o diálogo entre a cadeia produtiva, a iniciativa da cadeia do milho é muito benvinda para encontrar novos caminhos diante da atual conjuntura nacional e internacional.
A Abrasem participará do I Fórum Nacional do Milho, na Expodireto Cotrijal 2009, em Não-Me-Toque, RS, em 16 de março, ao lado da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Associação Brasileira dos Exportadores de Frango (ABEF) e Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Carne Suína (Abipecs).
"É dever da Abrasem assegurar o desenvolvimento do agronegócio brasileiro e, para isso, sempre defendemos a sustentabilidade, com toda a cadeia trabalhando integrada, da pesquisa até a produção de alimentos", observa Miyamoto, que atenta para a crescente necessidade mundial de produção de alimentos saudáveis. "Do mesmo modo que o produtor de milho precisa dialogar com o produtor de semente, para conseguir melhores preços, condições e até mesmo mais opções, o suinocultor ou o exportador de frango também devem interagir mais com seu fornecedor de insumos, que é o produtor de milho".
Segundo Ywao, o consumo interno de milho está ao redor de 44 milhões de toneladas, e a produção deste ano deve ser próxima aos 50 milhões. Assim, se o Brasil não conseguir aumentar as exportações, os estoques continuarão grandes, derrubando os preços. "É fundamental ouvir o que os exportadores precisam nesse momento", observa.
Para atuar em condições de igualdade com os competidores externos de milho, Miyamoto lembra que o Brasil ainda está defasado tecnologicamente, uma vez que os principais competidores mundiais possuem ferramentas mais adiantadas de biotecnologia e, por isso, apresentam mais produtividade e podem praticar melhores preços. "O Brasil dispõe de apenas seis tipos, que foram aprovados durante os últimos 18 meses e começaram a ser plantados no final do ano passado. Enquanto isso, a Argentina possui 10 tipos de transgênicos e os Estados Unidos, 24. E começaram a usar a tecnologia há mais de 10 anos", acrescenta.
Fonte: Barcelona Soluções Corporativas - (11) 3034 3639
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura