Excelência na agricultura é destaque na 5ª edição do Prêmio Top Ciência
Elaborar políticas públicas específicas, destinadas a cada região produtora do país, é a solução para escoar e reduzir o excesso de milho no Brasil, na opinião do representante coorporativo da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) Odacir Klein. O assunto será discutido na palestra "Estrangulamento da safra de milho no Brasil", dia 1º de setembro, no Congresso Nacional de Milho e Sorgo, em Goiás.
"Persistir nas atuais ações para movimentação das safras de milho não solucionará a dificuldade dos produtores em relação aos preços e altos estoques", alerta o executivo. Ele acredita que são necessárias mudanças nas políticas em vigor para estimular os produtores que, cada vez mais, mostram preocupação ao optar pela cultura.
O maior problema, segundo a entidade, é que hoje a movimentação de milho na primeira safra não recebe nenhum incentivo público, e que os recursos são destinados apenas para a movimentação da segunda safra. "Se esse fato prosseguir, haverá desestímulo para cultivar o grão na primeira safra", acredita. "Atualmente, 40% do milho brasileiro é produzido na segunda safra. Até 10 anos atrás esse número nem era expressivo", salienta.
Além disso, Klein considera que as políticas para circulação do milho no Centro-Oeste devem ser diferentes das políticas nas regiões Sul e Sudeste. "Principalmente no caso do Centro-Oeste, o milho tem dificuldade de chegar aos portos e, sem um consumo interno considerável, o grão acaba acumulando", explica. "É importante também melhorar a infraestrutura dos portos da região Norte", adverte.
Para ele, o ideal é que os leilões do Mato Grosso, por exemplo, sejam destinados à exportação, para não competir com as outras regiões e não diminuir o preço do milho em todo o país. Ele lembra ainda que as regiões Sul e Sudeste se autoabastecem e uma maior quantidade do grão prejudicaria os preços.
De acordo com a Abramilho, estimular a exportação de milho no Centro-Oeste através de leilões e agregar valor ao produto ajudaria muito a milhocultura nacional. Klein também apoia a ideia de destinar o milho da região para produção de etanol. "O etanol de milho é uma alternativa, principalmente para que o milho permaneça no Centro-Oeste", completa.
Serviço:
Evento: 28º Congresso Nacional de Milho e Sorgo
Organização: Centro Nacional de Pesquisa de Milho e Sorgo/Embrapa
Data: 29 de agosto a 02 de setembro
Local: Centro de Eventos e Cultura da Universidade Federal de Goiás - Campus II
Barcelona Soluções Corporativas e Relações Institucionais
(11) 3034-3639
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura