ABIC divulga preços mínimos do leilão dos Melhores Cafés do Brasil

26.11.2010 | 21:59 (UTC -3)

A ABIC - Associação Brasileira da Indústria de Café divulgou nesta sexta-feira (26) os preços mínimos de abertura do leilão dos 10 lotes finalistas do 7º Concurso Nacional de Qualidade dos Cafés do Brasil. Os preços de abertura vão de R$ 643,00 a R$ 3.433,00 a saca, dependendo da qualidade global de cada lote de café da variedade arábica. O pregão passa a ser aberto, a partir desse ano, também às pessoas físicas que, assim como as indústrias e cafeterias, poderão adquirir apenas 1 saca ou o lote inteiro, ou sacas de lotes variados, individualmente ou em grupos e consórcios.

 

Para participar, os interessados devem preencher a Ficha de Inscrição e a Ficha de Lance Comprador que estão no site www.abic.com.br e enviá-las para o e-mail daysi@abic.com.br. Amostras de 100 gramas de grão cru de cada lote podem ser solicitadas no ato da inscrição. Os lances poderão ser enviados até dia 8 de dezembro. O resultado será divulgado dia 10 de dezembro. Informações também pelo telefone (21) 2206 6162.

 

Qualidade e Preço

 

Os preços mínimos são novidades nesta edição e foram fixados com base na cotação da BM&FBovespa de terça-feira, dia 23 (R$ 429,17 a saca, fechamento de dezembro) e em função da nota de Qualidade Global conferida a cada um dos lotes, em uma escala de zero a 100, pela comissão de especialistas em prova e degustação. Assim, para os lotes que obtiveram nota entre 75 e 79,9 pontos, o preço de abertura é de R$ 643,00 a saca, ou 50% acima da cotação da BM&F. De 80 a 84,99 pontos, o preço é a partir de R$ 858,00 a saca (100% acima da cotação BM&F). Para lotes com notas entre 85 a 88,99 pontos, o preço mínimo equivale a quatro vezes o da Bolsa: R$ 1.716,00 a saca. E para nota acima de 89 pontos, o prêmio equivale a 8 vezes a cotação da BM&F e o preço mínimo da saca será a partir de R$ 3.433,00.

 

A avaliação dos lotes finalistas seguiu as metodologias da SCAA – Specialty Coffee of America (para grão cru) e do PQC – Programa de Qualidade do Café da ABIC (para grão torrado). “Apesar da Metodologia da SCAA simular condições de consumo na torra para a verificação dos atributos sensoriais, ambas se complementam, pois o PQC avalia quando o café passou por todas as etapas industriais”, diz Ensei Neto, juiz certificado da SCAA e coordenador da comissão de especialistas.

 

Os cafés que mais se destacaram na avaliação são de São Paulo. Na categoria Cereja Descascado, a melhor nota foi dada ao lote do produtor João Antônio Garrote, de Itaí: 89,00 pontos na SCAA e 8,66 pontos no PQC, e tem preço mínimo de abertura no leilão fixado em R$ 3.433,00 a saca. Na categoria Café Natural, a melhor nota foi obtida pelo lote do produtor Márcio Luiz Bérgamo Favaro, de Sarutaiá: 85,25 pontos na SCAA e 8,15 no PQC, e tem preço mínimo fixado em R$ 1.716,00 a saca. Na categoria Microlote – novidade deste certame – houve empate entre os lotes dos produtores Zaldenir Gonçalves, do Paraná, e João Emílio Lisboa, de São Paulo. Essa categoria foi criada para permitir a participação de pequenos produtores. O lote é de apenas 2 sacas, enquanto nas demais é de 10 sacas. Ambos os microlotes têm preço mínimo de abertura no pregão fixado em R$ 643,00 a saca.

 

Eduardo Buitron

Tempo Comunicação

(11) 3868-4037

temposp.2@gmail.com

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