Abapa reforça aprendizado sobre beneficiamento de algodão em curso no oeste baiano

Com carga horária de 80 horas/aula, o curso aborda, de forma aprofundada, as etapas de beneficiamento do algodão

17.11.2017 | 21:59 (UTC -3)
Hebert Regis

Com o objetivo de capacitar os funcionários da cadeia do algodão, o Centro de Treinamentos da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) promove ao longo deste mês de novembro o Curso de Operador de Máquinas e Beneficiamento de Algodão. Com carga horária de 80 horas/aula, o curso aborda, de forma aprofundada, as etapas de beneficiamento do algodão, desde a separação da pluma e do caroço, até a análise que atesta a qualidade da fibra junto ao mercado consumidor.

Formatado de forma pioneira na Bahia, o curso conta com cerca de 25 inscritos que vão aproveitar a oportunidade para ingressarem ou se posicionarem melhor no mercado de trabalho.  É o caso de Albertino dos Santos Souza, 19, que vê no treinamento uma oportunidade para começar a trabalhar na cadeia produtiva do algodão. “É o mundo novo para mim. Por meio do curso passei a conhecer como funciona o beneficiamento e o trabalho desenvolvido por uma algodoeira. Ao fim do curso, espero ter as qualificações necessárias e estar apto para buscar um emprego na área”, aponta.

O treinamento também é uma oportunidade para quem já trabalha na área. Com a experiência de dez anos com trabalho desenvolvido em uma algodoeira, José Ailton Duarte, 31, está satisfeito com o conhecimento a mais adquirido no treinamento. “Este é o momento de aprender a teoria, questões ligadas à segurança no ambiente de trabalho e o que está sendo exigido pelo mercado para garantir a qualidade da pluma”, explicou ele, que trabalha como prenseiro em uma algodoeira, mas que já passou pelo setor de classificação visual.

Um dos instrutores do curso, o coordenador do Centro de Análises de Fibras da Abapa, Sérgio Brentano, o treinamento é fundamental para atender a crescente exigência do mercado por fibra de qualidade. “Existe a necessidade de qualificação dessa mão de obra, o que vai proporcionar a médio prazo melhoria nos serviços oferecidos pelas usinas de beneficiamento instaladas na região”. Durante o módulo, os inscritos participaram de uma visita técnica à usina de beneficiamento da SLC Agrícola e ao Centro de Análise de Fibras, que classifica o algodão produzido na Bahia.

Parceira na realização do curso, a gerente da unidade regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Alana Souza Leite Nascimento, explica que o curso foi formato para atender uma demanda da cadeia agrícola da região oeste. “Estamos contribuindo com o setor produtivo agrícola a se desenvolver e ter maior eficiência e qualidade em todo o processo. Nesta parceria com a Abapa, reunimos as expertises das entidades para promover este treinamento”, afirma.

“A cadeia agrícola do algodão emprega direta e indiretamente cerca de 22 mil pessoas. Por meio do Centro de Treinamento da Abapa, valorizamos e acreditamos no potencial dos profissionais que vem contribuindo para que o oeste baiano se mantenha como um dos principais pólos agrícolas do Brasil”, afirma o presidente da Abapa, Júlio Cézar Busato. 

Até o início de novembro, foram capacitados cerca de seis mil profissionais que participaram de 200 cursos, ligados diretamente ao campo, como Movimentação Operacional de Produtos Perigosos (MOPP), Operação de Trator e Plantadeira, Desenvolvimento de Lideranças e Implantação do E-Social Contábil e Jurídico. O Centro de Treinamento Parceiros da Tecnologia conta com apoio da Agrosul-John Deere, Veneza Equipamentos-John Deere, IBA, Senar, Senai, Sesi, Cieb, Oeste Pneus-Pirelli, Universidade Federal de Viçosa (UFV) e Prefeitura de Luís Eduardo Magalhães.

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