Abapa mobiliza personalidades da Bahia a falar sobre algodão no World Cotton Day

Dia Mundial do Algodão é celebrado no dia 07 de outubro

07.10.2021 | 20:59 (UTC -3)
Catarina Guedes

Como é o seu jeito de ser de algodão? Esta é a pergunta central da campanha 2021, da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), para celebrar o Dia Mundial do Algodão, 07 de outubro. Na Bahia, a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) está convidando, para além dos integrantes da cadeia produtiva da fibra, pessoas no estado que falem como a fibra faz parte das suas vidas, através de postagens nas redes sociais. Médicos, jornalistas, influenciadores digitais, estilistas e muitos outros, mostrando como, direta ou indiretamente, o algodão está presente no seu dia a dia.

A data foi escolhida, há três anos, numa iniciativa de entidades como o International Cotton Advisory Committee (ICAC), com outras instituições internacionais como FAO, Organização Mundial do Comércio (OMC), United Nations Conference of Trade and Development (UNCTAD) e o International Trade Center (ITC). Em todos os países produtores, se fomenta a divulgação da hashtag #WorldCottonDay.

Uma das pessoas ouvidas pela entidade é o jovem estilista Isaac Silva, expoente da moda nacional, que nasceu em Barreiras e cravou seu espaço nos maiores eventos do ramo no país, como a Casa de Criadores e a São Paulo Fashion Week. Suas criações cheias de energia e “axé” encontram no algodão a matéria-prima ideal.

“É uma fibra maravilhosa, que tem tudo a ver com o clima do Brasil. É fresquinho no verão e aquece bem no inverno. Tem ótimo caimento, é versátil, é agradável ao toque e funciona muito bem no processo de tingimento e estamparia”, explica. Embora natural do município do Oeste baiano, o processo produtivo do algodão, no campo, era desconhecido para ele até bem pouco tempo. “Quando visitei uma lavoura, a convite do movimento Sou de Algodão, e conheci as etapas de produção, tudo passou a fazer sentido”, diz Isaac Silva, que recebeu informações sobre as características intrínsecas e extrínsecas da fibra, e das outras etapas da indústria, desde a fiação à tecelagem.

Experiência sensorial

Ruth Regis é o nome que assina alguns dos mais bem elaborados projetos de design interiores e arquitetura em Barreiras e região. Assim como Isaac Silva, ela também é entusiasta dos tecidos de algodão em suas criações. Do ponto de vista técnico, os motivos da escolha são semelhantes. “É um material versátil, confortável e muito durável”, afirma. Mas, segundo Ruth, são as sensações que o algodão evoca que fazem dele uma presença constante nos tecidos de decoração.

“O algodão transmite uma sensação de lar”, explica. Um conceito que, de acordo com a profissional, ganhou ainda mais importância depois do advento da pandemia de Covid-19. “Ficamos mais tempo em casa, e começamos a perceber a importância de morar bem, confortavelmente. Por isso, o algodão ganhou ênfase em cortinas, sofás, mantas e outros itens de design de interiores, que ficam mais em contato com a nossa pele”, concluiu Ruth Regis.

Feito por gente

Para o presidente da Abapa, Luiz Carlos Bergamaschi, um dia para celebrar o algodão em todo o mundo, contribui para a visibilidade da fibra, em cada elo da cadeia. “Numa simples camiseta há muita história contar que não costumava a chegar ao ponto de venda no Brasil, antes do movimento Sou de Algodão. São muitas pessoas envolvidas desde a pesquisa científica até a produção agrícola, industrial, comercialização e outras etapas. Nenhuma outra fibra têxtil tem tanta história para contar”, afirma Bergamaschi.

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