​ Abapa e Aiba debatem com Embrapa e Climatempo formatação de base de dados meteorológicos unificada para o oeste da Bahia

Diante da importância do regime de chuvas para a agricultura, os técnicos da Embrapa Monitoramento de Satélite e do Climatempo estiveram reunidos com agricultores para trocar experiências sobre a base de dados meteorológic

18.12.2017 | 21:59 (UTC -3)
Hebert Regis

Diante da importância do regime de chuvas para a agricultura, os técnicos da Embrapa Monitoramento de Satélite e do Climatempo estiveram nesta quarta-feira (13) reunidos com as equipes de entidades ligadas aos agricultores para trocar experiências sobre a base de dados meteorológicos para na previsão do tempo no oeste da Bahia. Os profissionais da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) e da Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) relataram o gargalo na sistematização e armazenamento das estações meteorológicas na região.

Durante o encontro, os técnicos demonstraram a importância de ter acesso a uma base sólida e confiável do regime de chuvas que pode nortear a rotina dos agricultores e as ações das instituições ligadas ao setor, por exemplo, no uso de recursos materiais e humanos nas fases de plantio, aplicação de defensivos e na colheita, além de subsidiar estudos e zoneamentos regionais.

Na avaliação dos técnicos da Embrapa Monitoramento por Satélite, Paulo Barroso e Janice Leivas, esta foi a primeira reunião de diagnóstico para entender qual a estrutura e base de dados de meteorologia na região. “Já existe um trabalho na obtenção de dados, o que talvez seja necessário é a unificação e tratamento em uma base de dados compartilhada gerando informações que sejam relevantes para os agricultores”, afirmam.

 Já os técnicos do Climatempo, João Rodrigo de Castro e Patrícia Madeira, acreditam em uma futura parceria que possa levar maior confiabilidade dos dados disponibilizados. “O regime de chuvas interfere diretamente na rotina produtiva e ter uma base sólida e consolidada na obtenção, arquivamento e tratamento das informações podem ser bastante interessantes aos agricultores, de maneira individual, e para as entidades, de forma macro, podem estabelecer e influenciar políticas específicas para o setor agrícola”, afirma.

O analista ambiental da Aiba, Enéas Porto, acredita que um trabalho articulado para a obtenção de uma rede de informações nas estações meteorológicas públicas e privadas poderia apoiar o desenvolvimento de trabalhos técnicos para o entendimento do comportamento hidroclimático e apoiar os produtores na tomada de decisões no campo. “No oeste da Bahia, existem 39 estações pluviométricas e 32 fluviométricas públicas em funcionamento. Mesmo com registros desde 1911, ainda existem lacunas nestes dados. Existe uma quantidade expressiva de estações meteorológicas nas fazendas, mas não há compartilhamento e integração destes dados”, afirma.

Além das estações, os técnicos do programa fitossanitário do algodão, realizado pela Abapa, disponibilizam em relatórios os dados do regime de chuvas dos núcleos regionais espalhados pelo oeste e sudoeste baiano e o comparativo com a última safra. “É uma base de registro do regime de chuva, que poderia contribuir para a formatação de um banco de dados com o cruzamento de informações com as estações existentes.  Ter uma base eficiente e constantemente atualizada seria muito útil para o gerenciamento nas fazendas”, explica o coordenador do programa fitossanitário do algodão, Antônio Carlos Araújo.  

Também participaram da reunião, o diretor-executivo da Abapa, Lidervan Mota, Luiz Stahlke, assessor de agronegócios da Aiba, Ronei de Jesus Pereira, do Sindicato Rural de Luís Eduardo Magalhães, Sunny Aaron, do Sindicato Rural de Barreiras, e Júlio Cézar Bogiani, da Embrapa.

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