Relevância do setor para a economia reforça a Pecuária como tema da Agrotins 2013

21.03.2013 | 20:59 (UTC -3)
Fonte: Seagro

É considerada pecuária toda atividade que envolve a criação, a domesticação e a reprodução de animais com objetivos econômicos, envolvendo assim a criação de várias espécies como bovino, suíno, equino, ovinos, aves, coelhos e abelhas. Entre os dez maiores produtores de gado do País, o Tocantins possui um rebanho de mais de oito milhões de animais e uma cadeia de negócios que conta com sete frigoríficos e 33 laticínios, assegurando a qualidade e a segurança alimentar dos produtos, envolvendo mais de 90 mil famílias.

Pensando neste potencial e em oferecer novas tecnologias e capacitações para o setor, o Governo do Estado, por meio da Seagro – Secretaria da Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário -, escolheu o tema: “Pecuária, com Tecnologia e Sustentabilidade” para nortear o desenvolvimento das atividades da 13ª edição da Agrotins – Feira de Tecnologia Agropecuária do Tocantins. O lançamento do evento ocorreu na manhã desta quinta-feira, dia 21, no auditório do Palácio Araguaia, com a presença de autoridades, servidores e parceiros.

Na ocasião, o secretário executivo da Seagro, Ruiter Padua, afirmou que o tema foi pensado para alavancar a pecuária, apresentando novas tecnologias e discutindo as dificuldades, em prol da melhoria do setor. “O tema é apenas um foco, no sentido de a cada ano valorizar uma cadeia produtiva. Mas, todos os setores serão contemplados com uma programação diversificada e aberta a todos os visitantes”, explica.

De acordo com Padua, na pecuária a sustentabilidade vem sendo cada vez mais procurada, tanto pelas empresas que atuam no agronegócio, como pelos produtores rurais. “Virou sinônimo de tecnologia, de produtividade, de melhoria e aproveitamento do solo e, acima de tudo, de responsabilidade”, pontua o secretário executivo, acrescentando que o tema deste ano é referência, principalmente ao desenvolvimento da criação bovina tocantinense, que vem buscando uma produção sustentável, aliada às inovações tecnológicas com respeito à natureza de forma social, ambiental e econômica.

A atividade pecuária no Estado do Tocantins é realizada essencialmente de forma extensiva, sendo registrado o confinamento de apenas 100 mil cabeças de gado. A criação extensiva resulta da disponibilidade de áreas propícias a pastagens, enquanto o confinamento exige maiores investimentos em instalações, além de gastos com a suplementação alimentar que requerem um controle mais rígido dos custos de produção. Pode-se destacar a presença das raças GIR, para corte e leite e Nelore para corte, que representam, aproximadamente, 86 % do rebanho total.

Atualmente o Estado exporta carne bovina para mais de 130 países. A carne, seus produtos e subprodutos ocupam o segundo lugar na balança comercial, respondendo com 22,5% nas exportações em 2012, ou seja, US$ 145.416.317 e 32.374.419 toneladas enviadas para países como: Portugal, China, Rússia e Espanha. Estes quatro países têm maior preferência pelos produtos tocantinenses, segundo informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Para a bovinocultura de leite, a produção atual do Tocantins é de 233 milhões de litros, distribuídas em 15.053 propriedades rurais.

A piscicultura tocantinense tem crescido uma média de 20% ao ano. As informações são do Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), em parceria com o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), que mostra ainda que o Estado ocupa o 16º lugar no ranking nacional na produção de pescado. Atualmente, cerca de mil piscicultores produzem aproximadamente 10 mil toneladas de pescado/ano no Tocantins. Este número deve aumentar, com o Parque Aquícola no Lago de Lajeado, que deve ser autorizado ainda neste semestre.

O Tocantins possui um dos melhores climas do Brasil para criação de peixes tropicais. Além disso, possui uma excelente topografia e insolação, posicionamento geográfico estratégico e boa infraestrutura, água em qualidade e quantidade, graças aos seus recursos hídricos ampliados com a formação de reservatórios a partir de hidrelétricas construídas. Os pescados passam por quatro frigoríficos e abastecem o mercado tocantinense e estados como Goiás, Rio do Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e o Distrito Federal.

Em 2011, a produção no Tocantins foi de 260 toneladas de mel. Atualmente, existem cerca de 1.300 apicultores, 52 associações, duas cooperativas. Em Palmas, são mais de 70 cooperados e uma Federação de Apicultores do Tocantins. Estão sendo concluídas e devem ser inauguradas ainda este ano, com recursos da Fundação Banco do Brasil, quatro entrepostos: em Figueirópolis, Palmas, Colinas e Axixá, além de dez casas de mel. Todos os empreendimentos terão selo de inspeção federal que habilita o comércio interestadual de mel.

A Agrotins é promovida pelo Governo do Estado, por meio da Seagro e suas instituições vinculadas (Ruraltins, Adapec e Itertins), em parceria com instituições públicas, iniciativa privada e entidades de classe ligadas ao setor agropecuário.

Juliano Ribeiro

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