MBA em Fitossanidade IAC-ANDEF abre pré-inscrições

14.04.2014 | 20:59 (UTC -3)

As pré-inscrições para o MBA em Fitossanidade a distância realizado pelo Instituto Agronômico (IAC), de Campinas, em parceria com a Associação Nacional de Defesa Vegetal (ANDEF) podem ser feitas de 30 de março a 30 de junho de 2014, pelo endereço http://www.eadiac.com.br/pre-inscricao.php. As aulas começam em agosto próximo.

Os interessados devem preencher a ficha de pré-inscrição no site e redigir uma carta informando as razões que o levaram a procurar o curso e os objetivos que pretendem atingir com o MBA em Fitossanidade. A seleção inclui avaliação de currículo. O MBA é direcionado a engenheiros agrônomos, engenheiros florestais, biólogos e profissionais de nível superior na área de proteção de plantas.

O curso oferecido pelo IAC teve sua primeira turma formada no início deste ano. Pioneiro no Brasil, o MBA em Fitossanidade busca reunir informações sobre segurança na agricultura, gestão de pessoas e comunicação, com abordagem teórica e prática, apoiada na diversidade científica do IAC, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

Segundo o coordenador do curso e pesquisador do IAC, César Pagotto Stein, o MBA proporciona aos alunos formação diferenciada. “O curso pretende capacitar profissionais para atuar no gerenciamento de mercado e de pessoas relacionadas à produção e comercialização de produtos agrícolas, com consciência para preservação das condições do ambiente e da saúde”, ressalta. Esse enfoque envolve desde as atividades mais simples da agricultura até a disponibilização do produto final ao consumidor, abrangendo diferentes aspectos da cadeia de produção.

O MBA em Fitossanidade tem duração de um ano e meio, distribuído em 14 módulos, de 40 horas-aula cada, totalizando 560 horas. O curso é ministrado por profissionais qualificados em suas respectivas disciplinas, incluindo 12 pesquisadores do IAC. As aulas são realizadas a distância e a cada cinco módulos há uma semana de aula presencial e avaliação, na Sede do IAC, em Campinas. Ao término do MBA, o aluno deve apresentar trabalho de conclusão de curso.

A proposta do curso mostra que o pioneirismo das ações do IAC não está restrito apenas ao meio científico e à transferência de tecnologia para o produtor, mas também na formação de recursos humanos. Além do MBA, oferecido, desde 2012, o IAC possui, desde 1999, o curso de Pós-Graduação, em nível de Mestrado, e desde 2009, oferece Doutorado, referendados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

Egressos

Na primeira turma, 27 profissionais de diversas regiões do Brasil se formaram. O maior número vem do Estado de São Paulo, são 16 ao todo. Outros sete são de Minas Gerais, seguido do Rio Grande do Sul, Ceará, Mato Grosso e Pernambuco, cada Estado com um aluno. A maior parte da turma tem formação em engenharia agronômica, porém o curso também contou com graduados em engenharia ambiental, bioquímica, biologia e tecnólogo em recursos hídricos/irrigação. Na turma, há também alunos com curso de especialização, mestrado concluído ou em andamento e doutorado, em curso ou já finalizado.

Uma parte dos alunos está em sua primeira pós-graduação, como é o caso de Breno Luciano de Araújo, formado na primeira turma do MBA em Fitossanidade do IAC. Araújo é graduado em agronomia e professor substituto na Universidade Federal do Maranhão. Ele conta que escolheu o curso do IAC por ser inédito no Brasil e pela demanda para esse tipo de formação.

“O curso propiciou-me uma visão holística da fitossanidade, abordou o assunto em um contexto atual, considerando os principais desafios do setor sob a diferente perspectiva de cada elo da cadeia produtiva”, diz o aluno que também aprovou a flexibilidade de horários.

“No meu caso foi muito importante o curso a distância, sou natural do Estado de Minas Gerais, mas moro e trabalho no leste do Maranhão. O sistema de ensino também proporcionou um público bem diversificado de alunos, isso favorece a troca de ideias e experiências, condicionando um excelente networking”, conta Araújo.

Outro diferencial do curso, segundo o aluno, foi o caráter interdisciplinar, como os conhecimentos na área de gestão de negócios associados aos conhecimentos técnicos da proteção de plantas.

Parceria

O IAC e a ANDEF possuem longo histórico de parcerias inovadoras. O MBA em Fitossanidade foi idealizado pelas instituições visando à complementação de conhecimentos entre gestão de recursos humanos, administração de empresas agrícolas, técnicas de defesa vegetal e inovação em pesquisa agrícola na área de fitossanidade.

Para Aráujo, a parceria das instituições é bem-vinda. “O IAC é um instituto muito respeitado no País, com uma tradição enorme na agricultura. A parceria foi muito feliz, como o curso é inédito foi necessário a colaboração de representantes do setor de defensivos agrícolas e proteção de plantas, e ninguém melhor que a ANDEF para dar o suporte necessário”, diz o pós-graduado.

A ANDEF dispõe de trabalhos voltados para a educação, dedicando-se a planejar, organizar, inovar, desenvolver novas formas de educar, além de levar a responsabilidade socioambiental e as boas práticas agrícolas aos campos brasileiros.

“A parceria com a ANDEF é muito importante na medida em que amplia o público que se utiliza dos nossos trabalhos, além de colocar as instituições na discussão da gestão do agronegócio frente à segurança alimentar e as técnicas fitossanitárias, temas que estão em plena e rápida evolução no Brasil e no mundo”, comenta o coordenador do curso.

Para o gerente de educação da ANDEF, Fabio Kagi, a Asssociação está satisfeita com os resultados alcançados e a visibilidade do curso. “Este é o terceiro ano que oferecemos o curso e estamos satisfeitos com os resultados. Temos depoimentos de profissionais do setor compartilhando conhecimentos do curso e também incentivando colegas: gerentes de multinacionais, gestores de cooperativas e revendas, por se tratar de um MBA diferenciado que trabalha a área de Fitossanidade com viés econômico. Pensamos no desenvolvimento de pessoas e consequentemente do setor”, conclui.

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