Ministério da Agricultura oficializa Irga sobre abertura do mercado mexicano ao arroz brasileiro
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O Zoneamento Edafoclimático da Nogueira-Pecã para a Região Sul do Brasil foi lançado oficialmente na manhã desta quinta-feira (29/04), durante a terceira Abertura Oficial da Colheita da Noz-pecã no Rio Grande do Sul. O evento virtual foi realizado no canal da Emater/RS-Ascar no YouTube.
Elaborado pela Embrapa Clima Temperado (Pelotas, RS), o documento indica as áreas mais propícias para o cultivo da nogueira-pecã no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. O zoneamento tem como base mapas de solos e dados climáticos, como quantidade de horas de frio e níveis de umidade do ar.
Além de dar mais segurança a quem pretende investir na cultura, também direciona a escolha das cultivares mais adequadas à região onde o pomar está localizado. O documento ainda serve como base para outras ferramentas, como o zoneamento de risco ambiental, que alicerça o acesso a financiamentos bancários.
“Esse zoneamento define as regiões com maior potencial produtivo e de menor risco, sendo útil ao setor bancário, mas, principalmente, aos produtores rurais. Assim, são definidas as melhores regiões do Sul do Brasil para cultivo com base em sustentabilidade econômica”, explicou Roberto Pedroso de Oliveira, chefe-geral da Embrapa Clima Temperado.
Durante o lançamento, Pedroso ainda abordou o projeto de pesquisa do qual o zoneamento faz parte e falou sobre um novo projeto, em parceria com o Instituto Brasileiro de Pecanicultura (IBPecan), o Pecan 2030, que irá ajudar no crescimento sustentável da cadeia produtiva. A expectativa é atingir 25 mil hectares cultivados até 2030.
O produtor Demian Costa, presidente do IBPecan, falou sobre a composição e papel do Instituto e sobre os aspectos importantes para o crescimento da cultura. Ele também fez o recebimento, em nome da cadeia produtiva, do zoneamento elaborado pela pesquisa. “Eu gostaria de agradecer à Embrapa pela importante contribuição para o desenvolvimento de toda a cultura da noz-pecã no Brasil”, disse.
A primeira edição do evento ocorreu em 2018, no município de Anta Gorda/RS, e, em 2019, no município de Cachoeira do Sul/RS. Neste ano, realizado de forma virtual, o ato contou com vídeos de pomares e da colheita e com depoimentos de produtores e de representantes de instituições que se envolvem com a cultura.
Cinco produtores, entre agricultores familiares e produtores empresariais, falaram sobre suas experiências e expectativas. Segundo Claiton Wallauer, sócio-administrador da Pecanita, empresa de Cachoeira do Sul onde está situado o maior pomar do país, a colheita deste ano será de grande produção. “Nós acreditamos no negócio da nogueira-pecã, que além de ser um produto saudável e ter um apelo de consumo, também é uma grande oportunidade para o agricultor familiar que queira ter uma renda extra dentro da sua propriedade”, completou.
Silvana Covatti, secretária de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR) do Rio Grande do Sul, representando o governador Eduardo Leite, afirmou que a cadeia produtiva da nogueira-pecã é importante para o crescimento e desenvolvimento do Estado, que abriga hoje cerca de 1,4 mil produtores. “A secretaria da Agricultura está de portas abertas e está cada vez mais otimista nessa cadeia produtiva”, afirmou.
O evento contou ainda com depoimentos da extensionista da Emater/RS-Ascar de Anta Gorda, Ledimara Cerruti, e do prefeito do município, Francisco Frighetto; do prefeito de Cachoeira do Sul, José Otávio Germani; do presidente da Emater/RS-Ascar, Geraldo Sandri; do presidente da Assembleia Legislativa do RS, Gabriel Souza; e da superintendente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no RS, Helena Pan Rugeri.
Segundo dados da Embrapa e do International Nut and Dried Fruit Council (INC), a produção em 2019 projetou o Brasil mundialmente, com safra recorde de 3,5 mil toneladas, tornando o país o quarto maior produtor do fruto. Em 2021, a expectativa é de um novo recorde: superar 4,5 mil toneladas.
O crescimento em termos de área cultivada foi de 930 hectares, em 2004, para cerca de dez mil hectares em 2019. Desse total, cerca de 70% está no RS, 22% em SC e 8% no PR. Mas, apenas 4,5 mil hectares estão em fase produtiva. A produtividade média, em 2021, está prevista para superar a cifra de uma tonelada por hectare.
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