Canola apresenta desenvolvimento satisfatório no Rio Grande do Sul
A predominância de dias ensolarados e temperaturas amenas também beneficiou o trigo; a área semeada, considerada tecnicamente concluída, alcançou 99%
A zona morta do Golfo do México atingiu 6.705 milhas quadradas em 2024, tornando-se a 12ª maior registrada em 38 anos de medições. Esse fenômeno, caracterizado por baixos níveis de oxigênio na água, prejudica a vida marinha. A pesquisa foi liderada por cientistas da Universidade do Estado da Louisiana e do Consórcio Marinho de Universidades da Louisiana (Lumcon). A meta é reduzir a área para menos de 1.900 milhas quadradas até 2035.
A zona morta é causada principalmente pela poluição de nutrientes (nitrogênio e fósforo, por exemplo) que chegam ao Golfo do México via bacia do rio Mississippi-Atchafalaya. Esses nutrientes estimulam o crescimento excessivo de algas, que ao morrer e se decompor, consomem oxigênio da água. Essa falta de oxigênio faz com que peixes e outros animais marinhos abandonem a área.
A pesquisa deste ano foi realizada entre 21 e 26 de julho a bordo do navio de pesquisa Pelican do Lumcon. A coleta de dados é essencial para os esforços do Mississippi River/Gulf of Mexico Hypoxia Task Force, um grupo de trabalho que visa reduzir a média de cinco anos da zona morta para menos de 1.900 milhas quadradas até 2035. Atualmente, a média de cinco anos é de 4.298 milhas quadradas.
A previsão da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA - National Oceanic and Atmospheric Administration) em junho indicava uma zona morta acima da média de 5.827 milhas quadradas, com base nos dados de descarga do rio Mississippi e no escoamento de nutrientes fornecidos pelo Serviço Geológico dos EUA. A medida real ficou dentro da faixa de incerteza prevista, demonstrando a precisão dos modelos utilizados para prever e desenvolver estratégias de redução de nutrientes.
Nicole LeBoeuf, administradora assistente do Serviço Nacional de Oceanos da NOAA, destacou a importância da medição da hipoxia como indicador da saúde dos oceanos, especialmente em um cenário de mudanças climáticas e intensificação das tempestades. Esse conjunto de dados de longo prazo auxilia na adaptação das estratégias para reduzir a zona morta e gerenciar os impactos nos recursos costeiros e nas comunidades.
Nancy Rabalais, professora da Universidade do Estado da Louisiana e co-chefe científica da pesquisa, ressaltou que a área de hipoxia na água de fundo foi maior do que a previsão, mas dentro da faixa observada ao longo dos quase quarenta anos de pesquisas. A variabilidade no tamanho e na distribuição da zona morta continua surpreendendo os cientistas a cada verão.
A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA - Environmental Protection Agency), em parceria com governos estaduais e locais e tribos na bacia do rio Mississippi-Atchafalaya, trabalha para reduzir a poluição por nutrientes e proteger a saúde do Golfo. Estados membros do Hypoxia Task Force estão intensificando suas estratégias de redução de nutrientes, aumentando a resiliência climática e garantindo benefícios para comunidades desfavorecidas.
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