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A Yara, líder mundial em nutrição de plantas, promoveu em 18 de setembro na Fundação de Ensino em Bragança Paulista, o Workshop de Nutrição e Fertirrigação do Tomate. O evento reuniu dezenas de agricultores das principais cidades produtoras de tomate no País - Paty do Alferes e Teresópolis (Rio de Janeiro), Itapeva, Sumaré/Monte Mor, Mogi Guaçu e Bragança (São Paulo) no auditório da FESB (Fundação de Ensino Superior de Bragança Paulista). Também estiveram presentes profissionais dos principais canais de vendas da região e parceiros da companhia. O evento permitiu aos participantes fazerem uma verdadeira imersão no universo do tomate e a discussão das tendências da cultura e possibilidades para melhoria da qualidade do produto e maior produtividade.
"A escolha do auditório da FESB para realização desta ação foi estratégica. A Yara desenvolve um trabalho intrinsecamente ligado à pesquisa e inovação. Esse elo com a comunidade acadêmica é fundamental para troca de conhecimento. Estamos desenvolvendo juntamente com a faculdade um campo experimental para a cultura de tomate com o objetivo de proporcionar vivência aos alunos. Promover essa integração empresa – produtores – academia é benéfico para todas as partes", conta Gil Simões, especialista agronômico na Yara.
O workshop teve abertura com palestra do especialista em nutrição Dr. Luis Felipe Villani, do IAC (Instituto Agronômico de Campinas), que discorreu sobre o histórico da cultura do tomate, tendências de consumo e produção, mercado e nutrição. "A produção de tomate duplicou nos últimos 30 anos. Isso significa a aplicação correta da tecnologia. Há modelos já amplamente praticados pelos principais países produtores de tomate no mundo, baseados em importantes tecnologias, como o cultivo protegido, em que o tomate é produzido sem solo, apenas estufas e aplicação de nutrientes. A aplicação desta técnica está em crescimento e é uma alternativa para tomate de alto valor agregado. No Brasil ainda se consome pouco tomate em relação à média mundial, ou seja, há um enorme mercado a ser desbravado. O grande desafio para os produtores está em oferecer um produto diferenciado, tendo em vista as exigências do consumidor", afirma Luis Felipe.
Já Bruno Dittrich, especialista agronômico na Yara, destacou a importância da nutrição adequada por meio da fertirrigação e os benefícios na produtividade e rentabilidade para o produtor. "Com a fertirrigação, é possível suprir as demandas da cultura de maneira bastante equilibrada, mas é importante atentar para o uso de um fertilizante de boa qualidade e solubilidade. Os resultados tanto de qualidade de produto quanto de produtividade alcançados com esta técnica são muito superiores quando comparados com o manejo convencional, desde que com uma nutrição equilibrada", explica o especialista.
Para mostrar na prática todo o conhecimento compartilhado ao longo do evento, e a eficiência do programa nutricional Yara GranTomate, os convidados participaram de um campo de demonstração na Fazenda-Escola da FESB, onde puderam visualizar a planta em sua totalidade por meio de um rizotron e a diferença do desenvolvimento do tomateiro quando nutrido de maneira adequada. Durante a demonstração, Gil Simões enfatizou a importância da diagnose de campo para uma correta detecção de deficiências no solo e a adoção de tratamentos adequados. "Esse tipo de diagnóstico hoje é muito mais realizado de maneira visual do que como um acompanhamento técnico. Nós não temos laboratórios suficientes e que analisem com a agilidade necessária para dar uma resposta em 24 horas de amostragens de solo para detecção do que deve ser corrigido. E a fertirrigação não é realizada em fases, mas um processo diário, que deve ser corrigido de acordo com a necessidade. Para isso, são necessárias ferramentas que façam a leitura, via fotômetro, do que encontramos para a solução do solo. Não adianta entender apenas o que é o PH ou a concentração de sais, mas quem são esses sais. Então, essas ferramentas, que são um laboratório pequeno de campo, nos ajudam a fazer uma diagnose e a tomada de decisões mais assertivas, em cima de conhecimento técnico", conta.
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