XX CBSementes começa trazendo inovação na análise de qualidade de sementes

Evento segue até quinta-feira, reunindo representantes da cadeia sementeira de todo o país em busca de troca de informações e soluções tecnológicas

08.08.2017 | 20:59 (UTC -3)
Danielle Castro Garcia

Começou nesta segunda-feira (7), em Foz do Iguaçu, a vigésima edição do Congresso Brasileiro de Tecnologia de Sementes. O evento, já reconhecido dentro e fora de país, é promovido pela Associação Brasileira de Tecnologia de Sementes (ABRATES) e traz como tema central “Sementes: Novos Desafios e Inovações Tecnológicas”.

A cerimônia de abertura reuniu representantes da cadeia sementeira e pesquisa de todo o país, deixando claro o perfil tecnológico e de integração entre diferentes pontos de vista que promete ser o foco de toda a programação do evento.

Em seu discurso de abertura, o presidente da ABRATES do XX CBSementes, Francisco Krzyzanowski destacou a importância dessa troca de informações. “Esperamos contribuir para o desenvolvimento da Ciência e da Tecnologia de Sementes. Ao planejarmos a programação do evento, buscamos oferecer informações nos diferentes campos de atuação na área de Sementes. O CBSementes trará assuntos variados relacionados às inovações tecnológicas, ao mercado e à indústria, à produção, e à sanidade, visando a obtenção de sementes de alta qualidade”.

Avanços tecnológicos na avaliação da qualidade de sementes

Para garantir que a qualidade desenvolvida nos laboratórios de pesquisa chegue até o produtor rural, é preciso avaliar qualidade, aspectos fisiológicos, morfológicos e moleculares das sementes e o maior desafio está em realizar a análise deste complexo organismo vivo, protegendo sua integridade.

O pesquisador e Coordenador do Comitê de Tecnologias Avançadas da ISTA - International Seed Testing Association -, Bert Van Duijin, analisou as inovações e caminhos possíveis para essa questão durante a palestra “Avanços tecnológicos na avaliação da qualidade de sementes”, responsável pela abertura da programação científica do evento.

Dentre as tecnologias destacam-se: Imagem multiespectral e hiperespectral, Imagens em Raio X 2D e 3D, Medições individuais de respiração de sementes, Visualização de descarga de gás / eletrofotografia, Ressonância magnética nuclear (NMR) e Imagem de ressonância magnética (MRI).

Segundo Bert Van Duijin, a combinação de dados, permitida pelo uso de técnicas não invasivas de análise, podem indicar um novo caminho para a pesquisa. “Os dados obtidos sobre a semente podem ser cruzados com a informação sobre seu desempenho na germinação e formação de plântulas”. Desta forma, é possível correlacionar diretamente o estado do embrião (e de toda a semente) com o resultado apresentado na germinação e na formação de plântulas. “Essas tecnologias podem fornecer ferramentas para melhorar os métodos e protocolos de teste da qualidade das sementes”, explica.

Esse aporte tecnológico representa um grande salto para a indústria sementeira nacional, que já vem caminhando em direção à utilização dessas tecnologias para garantir ainda mais eficácia em seus produtos. Dentre as empresas presentes no Showroom tecnológico do Congresso já é possível encontrar soluções nesta linha para a indústria e o produtor de sementes.

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