Mercado doméstico de trigo segue paralisado
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A Vittia obteve autorização para comercializar o produto formulado Tricho-Turbo também sob os nomes comerciais VitlForce Bio Trico e CropWinner Eco Trico. Pelo menos num primeiro momento, as formulações são as mesmas.
O Tricho-Turbo passou por algumas fases de desenvolvimento. Foi registrado como Tricho pela Biovalens Ltda em 2018 para controle de Rhizoctonia solani. Passou de Tricho para Tricho-Turbo.
Em 2020, a Vittia Fertilizantes e Biológicos S.A. foi incluída como formulador do produto. No mesmo ano, foram incluídos da recomendação os alvos biológicos Sclerotinia sclerotiorum, Pratylenchus brachyurus e Fusarium oxysporum.
Em 2021, foi aprovada a transferência de sua titularidade para a Vittia Fertilizantes e Biológicos S.A.
Em 2022, a Biovalens deixou de constar como fabricante do produto. No mesmo ano houve a inclusão do alvo biológico Macrophomina faseolinaem. E a possiblidade de venda do produto sob novas marcas comerciais.
O pesticida tem como agente ativo Trichoderma asperellum (BV-10).
Trichoderma asperellum é uma espécie de fungo filamentoso pertencente ao gênero Trichoderma. Geralmente encontrado no solo, é conhecido por suas propriedades biocontroladoras. Ele faz isso competindo por nutrientes e espaço, parasitando patógenos de plantas e estimulando a resposta imunológica das plantas. Segundo estudos, também tem a capacidade de promover o crescimento das plantas.
Os fungos Trichoderma são saprotróficos: alimentam-se de matéria orgânica morta ou em decomposição, desempenhando papel importante no ciclo de nutrientes do solo. Também são conhecidos por serem micoparasitas, o que significa que podem atacar e matar outros fungos.
Trichoderma asperellum produz variedade de enzimas, como celulases e quitinases, que degradadam as paredes celulares de outros fungos. Isso, junto com a produção de vários compostos antimicrobianos, permite que eles suprimam a proliferação de muitos fungos patogênicos do solo.
Além disso, ele pode formar associações simbióticas com plantas, colonizando suas raízes e promovendo seu crescimento e saúde. Isso é feito de várias maneiras, incluindo a promoção da absorção de nutrientes, a produção de hormônios de crescimento vegetal e a indução da resistência das plantas a doenças.
Trichoderma asperellum também tem sido usado na biotecnologia. Por exemplo, é um produtor eficiente de enzimas industriais, como celulases, que são usadas na produção de biocombustíveis a partir de biomassa vegetal.
Conforme relatos na literatura, o Trichoderma asperellum interage com fungos patogênicos de plantas das seguintes formas:
• Micoparasitismo: ataca e mata outros fungos. Isso é frequentemente realizado por meio da produção de enzimas que degradam a parede celular do fungo patogênico, como quitinases e glucanases. Uma vez que a parede celular do fungo patogênico é degradada, Trichoderma pode penetrar e consumir as células internas.
• Produção de antibióticos: compostos antimicrobianos podem inibir o crescimento ou matar fungos patogênicos. Esses compostos incluem peptaibols, poliquetídeos e metabolitos secundários como trichoderminas e gliotoxinas.
• Competição por recursos: ele compete com outros fungos por recursos, incluindo nutrientes e espaço. Sua capacidade de se multiplicar rapidamente e colonizar o solo e as raízes das plantas pode limitar a disponibilidade de recursos para fungos patogênicos, ajudando a suprimir sua proliferação.
• Indução de resistência sistêmica: a presença de Trichoderma pode estimular a própria planta a aumentar suas defesas contra patógenos. Isso pode ocorrer através do estímulo de processos metabólicos nas plantas que aumentam a resistência a doenças, como o fortalecimento das paredes celulares e a produção de compostos antimicrobianos.
• Promoção do crescimento vegetal: através da produção de hormônios que promovem o crescimento, como auxinas; ou através da melhoria da absorção de nutrientes, modificando o ambiente da raiz para facilitar a absorção de nutrientes pelas plantas.
O Trichoderma asperellum pode ser produzido na fazenda sob fermentação sólido-estática em substrato arroz branco, conforme informações da Embrapa Mandioca e Fruticultura.
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