Vigor e tecnologia são destaques no Congresso de Sementes

Os avanços tecnológicos têm conferido maior precisão na análise de sementes; no Brasil, a demanda por inovações é grande

13.09.2022 | 09:42 (UTC -3)
Vera Barão
Laercio Junior da Silva (UFV); Carlos Hansel (Petkus); Francisco Guilhien Gomes Junior (Esalq); e  Bert van Duijn (Universidade de Leiden)
Laercio Junior da Silva (UFV); Carlos Hansel (Petkus); Francisco Guilhien Gomes Junior (Esalq); e Bert van Duijn (Universidade de Leiden)

O mercado brasileiro do agronegócio mantém alta expectativa e demanda por investimentos em tecnologias. Principalmente a inteligência artificial e suas aplicações têm despertado grande interesse. É o que se viu pela participação de público no painel “Vigor: atualizações – Avanços tecnológicos para a qualidade de sementes”, no XXI Congresso Brasileiro de Sementes (CBSementes).

A apresentação reuniu palestrantes das áreas de pesquisa e do mercado de tecnologia, incluindo a participação internacional do doutor Bert van Duijn, da Universidade de Leiden.

Carlos Hansel, CEO da Petkus, uma empresa alemã com 170 anos de história, apresentou a palestra “Inteligência Artificial aplicada para sementes”. Ele deu uma visão sobre as tecnologias que a empresa oferece ao mercado. Hansel ressaltou que o agronegócio brasileiro está sedento por inovações.

“Alguns clientes, que estão prospectando negócios no Brasil, têm dificuldades para a importação de tecnologia, enfrentando burocracias na alfândega. O segundo ponto que vejo é a falta de serviços, assistência técnica e peças de reposição”, apontou Hansel, destacando que a Petkus, que já está há oito anos no Brasil, oferece todo esse apoio.

Entre as novidades para o setor, o CEO destacou que a empresa trouxe para o Brasil um laboratório de sementes finas, de vegetais e hortaliças, que está instalado na matriz em Santa Cruz do Sul (RS). “Em breve estarão disponíveis serviços de análises de qualidade de sementes, bem como testes de separação de sementes finas. Conseguimos selecionar até 20 mil sementes por grama”, afirmou Hansel.

Professor da Escola Superior Luiz de Queiroz (Esalq/USP), o doutor Francisco Guilhien Gomes Junior, ministrou a palestra “Avaliação do vigor de sementes: análise computadorizada de imagens de plântulas e protrusão da raiz primária”.

Para fechar o painel, o doutor Laercio Junior da Silva, professor da Universidade Federal de Viçosa (UFV) falou sobre “Inteligência Artificial e espectroscopia para avaliação da qualidade de sementes”.

“Estamos com dois tópicos de pesquisa na UFV. Em um deles utilizamos análise de imagens numa vertente de classificação. A tecnologia tem um potencial muito grande. Outras pesquisas são com a espectroscopia no infravermelho, que demonstra ter uma aplicação prática interessante, podendo predizer uma variedade enorme de qualidade de sementes”, afirmou Silva.

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