Verde Agritech inicia estudos para terceira fábrica

Produção de potássio será suficiente para suprir 16,4% da demanda nacional a partir de 2024; fertilizantes multinutrientes da Verde Agritech foram usados em 500 mil hectares em 2021

05.04.2022 | 06:35 (UTC -3)
Marcelo Nadalon
"Somos gratos aos mais de cinco mil agricultores que têm apoiado nosso crescimento e esperamos contribuir cada vez mais para que os agricultores possam retomar o controle", disse Cristiano Veloso
"Somos gratos aos mais de cinco mil agricultores que têm apoiado nosso crescimento e esperamos contribuir cada vez mais para que os agricultores possam retomar o controle", disse Cristiano Veloso

A Verde Agritech anunciou o início dos estudos para licenciamento e construção da terceira fábrica da companhia. Prevista para ser concluída no primeiro semestre de 2024, a unidade elevará a capacidade de produção de potássio livre de cloro para 16,4% da demanda atual por potássio no país. 

Em 2021, a empresa produziu 400.133 toneladas de produtos à base de potássio, atingindo um faturamento de R$ 119,3 milhões, 239% maior que em 2020. No mês passado, a companhia informou ao Mercado que vai dobrar a capacidade de produção da segunda planta. Em construção, esta unidade deve começar a ser operada ainda em 2022.

"Somos gratos aos mais de cinco mil agricultores que têm apoiado nosso crescimento e esperamos contribuir cada vez mais para que os agricultores possam retomar o controle", disse Cristiano Veloso, fundador da Verde Agritech, no comunicado.

Os estudos de engenharia para a terceira unidade devem ser concluídos no segundo semestre deste ano. A obra está prevista para ocorrer a partir de julho de 2023 e terá papel importante para ajudar a reduzir a dependência do Brasil pelo potássio importado.

O potássio brasileiro  é sustentável e não usa produtos químicos na fabricação dos fertilizantes, que são livres de cloro, ajudando a preservar microrganismos importantes para a qualidade do solo,  diferentemente do cloreto de potássio importado. O produto também é aprovado para a agricultura orgânica. 

Segundo a Verde Agritech, mais de dois mil agricultores brasileiros usam os produtos da companhia, que já foram aplicados em  mais de 500 mil hectares desde 2018. No mundo, cinco mil agricultores recorrem aos produtos da Verde Agritech para produzir alimentos mais nutritivos e sustentáveis.

"Estamos confiantes de que os governos estadual e federal entendem o inestimável trabalho que nossa equipe vem realizando em prol da segurança alimentar e da solidez ambiental desde 2008 e se esforçarão para garantir a aprovação oportuna das poucas licenças que ainda estão em análise, sempre pautada pelas mais rigorosas exigências técnicas e legais. Jamais a urgência que a situação traz pode comprometer o rigor habitual do agente público", finalizou Veloso.

Tecnologia

A Verde Agritech tem, atualmente, uma patente concedida e oito aguardando aprovação. O comunicado ao Mercado também detalha as tecnologias proprietárias desenvolvidas pela companhia e que serão ativadas na nova planta, como a "Cambridge Tech", desenvolvida em parceria com a Universidade de Cambridge, que "através da ativação mecânica altera a estrutura dos minerais, garantindo que o potássio e outros nutrientes sejam progressivamente disponibilizados às plantas. 

Há ainda a "3D Alliance" que transforma a estrutura tridimensional das matérias-primas e cria uma "combinação homogênea de nutrientes que são distribuídos de forma mais uniforme no solo", a "MicroS", que microniza o enxofre elementar para facilitar a ação dos microorganismos no solo e aumentar a disponibilidade deste nutriente para as plantas, e a "N Keeper", desenvolvida para otimizar a adubação nitrogenada.

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