A Verde AgriTech Ltd divulgou seus resultados financeiros referentes ao primeiro trimestre de 2024, destacando um ambiente desafiador marcado por significativa queda na demanda por fertilizantes. Esse cenário, descrito aos investidores, contrasta com o período correspondente em 2023, quando a empresa se beneficiou de preços recorde de potássio e de outras commodities agrícolas.
O primeiro trimestre de 2024 foi marcado por uma série de desafios climáticos que afetaram diretamente o setor agrícola brasileiro. De acordo com Cristiano Veloso (na foto), fundador, presidente e CEO da Verde, "apesar de estarmos decepcionados com as condições de mercado e os resultados do primeiro trimestre de 2024, eles ainda foram mais de cinco vezes superiores ao primeiro trimestre de 2021".
Apesar de certa estabilidade nos preços de mercado no primeiro trimestre de 2024, os valores continuam significativamente mais baixos do que os observados nos anos anteriores, sustentou a empresa em seu comunicado.
A Verde também enfrenta dificuldades financeiras decorrentes de juros. Os agricultores brasileiros, aponta e empresa, têm buscado fornecedores de insumos que ofereçam termos de pagamento mais favoráveis. E a capacidade da Verde de fornecer financiamento com prazos mais longos é consideravelmente inferior à de concorrentes internacionais. A empresa informou não ter a opção de contrair a maior parte de sua dívida em dólares. Seu custo médio de dívida é de 14,4% ao ano, com custo médio de empréstimo de 17,5% para compras a crédito.
Em comunicado, a Verde destacou os seguintes pontos:
• As vendas no primeiro trimestre de 2024 foram de 85 mil toneladas, em comparação com 108 mil toneladas no primeiro trimestre de 2023 e 16,558 mil toneladas no primeiro trimestre de 2021.
• A receita no primeiro trimestre de 2024 foi de US$ 5,1 milhões, em comparação com US$ 11,1 milhões no primeiro trimestre de 2023 e US$ 0,8 milhão no primeiro trimestre 2021.
• O caixa e outras contas a receber detidos pela empresa no primeiro trimestre de 2024 foram de US$ 17,3 milhões, em comparação com US$ 34,3 milhões no primeiro trimestre de 2023 e 4,9 milhões no primeiro trimestre de 2021.
• O EBITDA antes de eventos não monetários foi negativo em US$ 0,7 milhão no primeiro trimestre de 2024, em comparação com US$ 2,0 milhões no primeiro trimestre de 2023 e negativo em US$ 0,9 milhão no primeiro trimestre de 2021.
• O prejuízo líquido no primeiro trimestre de 2024 foi de US$ 4,8 milhões, em comparação com um prejuízo de US$ 0,1 milhão no primeiro trimestre de 2023 e um prejuízo de US$ 1,8 milhão perda no primeiro trimestre de 2021.
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