Lavoro divulga resultados do primeiro semestre do exercício fiscal de 2023
Além disso, foi apresentada previsão para o ano fiscal completo de 2023
A produção de milho e trigo no Brasil quebra recordes, enquanto o arroz atinge sua menor safra em 25 anos devido a seca prolongada e baixa rentabilidade para os agricultores. Esse foi o quadro traçado em relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Conhecer a visão do órgão importa porque ele pauta o mercado internacional.
A previsão para a área plantada de milho em 2023/24 é de 22,8 milhões de hectares, um aumento de 1,3% em relação à safra atual, com produção estimada em 125 milhões de toneladas métricas (MMT). A produção de arroz beneficiado é prevista em 10,13 MMT, uma queda de 1,7% em relação à temporada anterior, devido à diminuição da área plantada. Já a produção de trigo para 2023/24 é estimada em 11 MMT, um aumento de quase 4% em comparação com a safra de 2022/23.
A seguir, veja o resumo apresentado pelo órgão norte-americano para cada uma das culturas.
A produção brasileira de milho continua a exceder as expectativas, com mais um recorde de demanda tanto no mercado interno quanto internacional. Os agricultores permanecem otimistas em continuar plantando, resultando em um aumento na área plantada esperada para a próxima temporada. No entanto, os ônus logísticos, a falta de instalações de armazenamento e os desafios de transporte, juntamente com os custos de produção mais altos, continuam sendo um obstáculo que pode prejudicar os números de produção do país.
O Brasil deve colher sua safra de arroz mais baixa em 25 anos. A diminuição na produção é creditada principalmente à redução da área plantada e à seca no Rio Grande do Sul, o principal estado produtor de arroz. Além disso, margens de lucro menores têm desencorajado os agricultores, que estão se voltando para culturas mais rentáveis, como soja e milho. O consumo de arroz também deve diminuir, com os brasileiros mudando seus hábitos alimentares para alimentos rápidos e preparações menos demoradas.
O trigo continua a despertar o interesse dos agricultores no Brasil, com crescente investimento em tecnologias, incluindo novas cultivares resistentes adaptadas a climas secos e mais resistentes a doenças, fornecendo números recordes de produção. Além disso, a possibilidade de aumento na demanda internacional por trigo, aproveitando o espaço deixado pelos graves problemas de colheita na Argentina e pela guerra liderada pela Rússia na Ucrânia, e a diminuição nos custos de produção são fatores que aumentaram o otimismo dos produtores brasileiros em relação à colheita de trigo de 2023/24.
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