Unidades da Embrapa presentes no Ciência para a Vida

23.04.2010 | 20:59 (UTC -3)

Unidades da Embrapa, como Mandioca e Fruticultura, Café, Agroenergia e Agropecuária Oeste participam com diversas atividades da VII Exposição de Tecnologias Agropecuárias Ciência para a Vida, que acontece em Brasília (DF).

A feira ocorre de 24 de abril a 2 de maio.

Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical

A principal tecnologia da Unidade divulgada no evento será a produção de mandioca (aipim) tipo 'chips' e palito, desenvolvida pela equipe de pesquisadores e analistas do Laboratório de Ciência e Tecnologias de Alimentos.

Os visitantes vão poder conhecer os processos de perto. O 'chips', por exemplo, é obtido após nove etapas: lavagem, sanitização, descascamento, sanitização, fatiamento, fritura em óleo vegetal, drenagem do excesso de gordura, salga e acondicionamento. Já o aipim palito passa pela etapas de lavagem, sanitização, descascamento, sanitização, fatiamento em palitos, embalagem e congelamento.

A tecnologia também será tema de uma entrevista que o programa Prosa Rural, da Embrapa, vai realizar no dia 28, às 19h30, com a analista Jaciene Lopes de Jesus. Além do aipim chips e palito, a Unidade promove a degustação de beijus coloridos (obtidos quando a água que hidrata a goma ou fécula da tapioca é substituída pela polpa de frutas, hortaliças ou verduras), cocadas e geleias produzidas com frutas.

Lançamentos

Duas publicações da Unidade serão lançadas durante o evento: "Fruticultura tropical - espécies regionais e exóticas" e "Recomendações de calagem e adubação para abacaxi, acerola, banana, laranja, tangerina, lima ácida, mamão, mandioca, manga e maracujá".

O primeiro livro aborda 19 frutas como macadâmia, mangostão, rambotã, pinha, sapoti e carambola, descritas em capítulos destinado a cada uma. Os editores técnicos são Janay Almeida dos Santos-Serejo e Jorge Luiz Loyola Dantas, pesquisadores da Embrapa, Clóvis Vaz Sampaio, professor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), e Ygor da Silva Coelho, ex-pesquisador da Embrapa.

Já o livro sobre adubação contém as tabelas com recomendações de calagem e adubação para as culturas pesquisadas pela Unidade, objetivando promover a fertilização correta dos solos com base nos teores de nutrientes no solo e na planta e nas necessidades das culturas. Os editores técnicos são a pesquisadora Ana Lúcia Borges e o ex-pesquisador Luciano da Silva Souza, professor da UFRB.

Oficinas

Entre as diversas oficinas e cozinhas experimentais que serão oferecidas ao público, a Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical promove três oficinas, em dois horários cada: Pratos elaborados com fécula de mandioca: pizzaioca e petigaioca (chef Layr Marins Sarmento Filho), Beijus coloridos e extração de goma na cozinha (pesquisador Joselito da Silva Motta) e Processamento de geleias de fruta (analista Jaciene Lopes de Jesus).

Em paralelo ao evento, acontece ainda, nos dias 28, 29 e 30, o II Simpósio de Inovação e Criatividade Científica da Embrapa, criado para debater os possíveis rumos da pesquisa agropecuária. Dois pesquisadores da Unidade foram escolhidos para exposição de trabalhos em forma de pôster. Eduardo Sanches Stuchi apresenta "Proposições horticulturais à citricultura para a mitigação de efeitos do huanglongbing (HLB ou greening)" enquanto Miguel Angel Dita Rodriguez mostra o "Kit diagnóstico para a raça 4 tropical de Fusarium oxysporum f. sp. cubense, agente causal do mal-do-Panamá da bananeira".

Nova tecnologia para controle biológico de percevejos-praga da soja estará à mostra na “Ciência para a Vida”

Para quem pensa que a comunicação está restrita aos seres humanos, a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, uma das 45 unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, apresenta uma novidade para o público durante a VII Ciência para a Vida. Quem visitar o Espaço Empresarial da exposição, vai conhecer um produto para controle biológico de percevejos-praga da soja, que foi desenvolvido com base em estudos de comunicação entre os insetos.

Na natureza, os percevejos se comunicam através de feromônios, principalmente cheiros, para se acasalar, demarcar território, avisar sobre a presença de predadores etc. Observando o comportamento desses insetos na natureza, os cientistas da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia conseguiram isolar esses feromônios em laboratório e inseri-los em pastilhas para serem usadas nas lavouras de soja.

As pastilhas, que simulam a liberação de feromônios, são colocadas em armadilhas (que podem ser garrafas pet - FOTO) nas culturas de soja, onde podem ficar por até 30 dias consecutivos. O objetivo é confundir os insetos e interromper a sua reprodução. Dessa forma, os produtores podem monitorar e controlar as populações de percevejos, reduzindo o uso de inseticidas químicos.

Principais pragas na mira dos feromônios

As armadilhas são muito eficientes no controle do complexo de percevejos-praga, que inclui o percevejo marrom da soja (Euschistus heros); o percevejo verde ou Maria fedida (Nezara viridula), entre outras espécies.

Controlam também mariposas (Spodoptera spp e Elasmopalpus lignosselus) e coleópteros, como os popularmente conhecidos como cascudinho da cama de frango(Alphitobius diaperinus ) e bicheira da raiz (Oryzophagus oryzae).

Controle biológico de pragas: sustentabilidade e economia

O controle biológico de pragas contribui para a redução de defensivos químicos e aumento da produtividade das culturas agrícolas. O Brasil está entre os maiores produtores e exportadores de grãos no mundo e, por isso, é fundamental que esteja atento às demandas de mercado por produtos mais saudáveis e seguros.

Tecnologia já está pronta para seleção de parceiros que possam produzi-la em larga escala

A tecnologia de feromônios para o controle biológico de pragas já está pronta. A Embrapa está selecionando parceiros para desenvolver produtos com perfil e características adequadas às demandas do mercado.

Quem tiver interesse em ser um parceiro da Embrapa na comercialização dessa tecnologia pode visitar o estande da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia no Espaço Empresarial da Ciência para a Vida no período de 24 de abril a 02 de maio, de 9 às 21 horas.

Embrapa Café presente na VII edição da exposição Ciência para a Vida

Ciência, tecnologia e inovação caminham juntas para o desenvolvimento e a melhoria de vida dos brasileiros. E assim, a cada dois anos, a exposição Ciência para Vida torna-se o espaço certo, oportuno e a forma dinâmica de mostrar a sociedade o que a Embrapa e as instituições de pesquisa têm feito para tornar mais saudável a vida no campo e na cidade.

Nesta sétima edição da exposição que será aberta ao publico, de vinte e quatro de abril a dois de maio na sede da Embrapa, em Brasília, a Embrapa Café participa do evento mostrando resultados de pesquisas desenvolvidas por pesquisadores da Embrapa Café juntamente com a Universidade Estadual Paulista, Unesp e o Instituto Agronômico de Campinas, IAC, dois promotores isolados de plantas de café que permitem direcionar e controlar a expressão de genes a eles associados.

O promotor CalsoR, controla a expressão de um gene pertencente à família das isoflavonas, que são ativadas por mecanismos de resposta de defesa em plantas superiores submetidas a situações de estresse, expressando-se exclusivamente em tecido foliar.

E o outro, chamado CaPerox, pertencente à família das peroxidades, tem sua expressão ativada por mecanismos de resposta a estresse biótico ou abiótico e se expressa unicamente em raízes. Em outras palavras, o gene ligado a esse promotor só se expressará se for submetido a uma condição especifica como, por exemplo, o ataque de uma praga.

Na pré-estreia do evento, o estande da Embrapa Café recebeu a visita do Diretor Presidente Pedro Antonio Arraes e de vários empregados que mostraram grande interesse na tecnologia apresentada.

O evento não trata apenas da divulgação dos resultados da pesquisa agropecuária e do uso de tecnologias, mas também de como essa pesquisa faz parte da rotina de todos nós. Também reserva oportunidades de negócios. O evento aborda ciência por meio de diversas atrações, como exposições, shows, mostra interativa, gastronomia e artesanato.

Embrapa Agropecuária Oeste apresenta tecnologia sobre impacto ambiental dos agroquímicos

Uma tecnologia inovadora para a avaliação do impacto ambiental do uso de agroquímicos será apresentada pela Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados, MS) no Ciência para a Vida.

A Avaliação da Contaminação Hídrica por Agrotóxico (Acha) é uma ferramenta computacional (software), que está sendo desenvolvida através de um projeto da Embrapa Agropecuária Oeste em parceria com a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS). "A ferramenta possibilita a identificação prévia dos riscos de contaminação dos recursos hídricos por agrotóxicos, oportunizando a prevenção da contaminação e, conseqüentemente, a redução dos impactos ambientais", explica o responsável pela pesquisa, pesquisador Rômulo Penna Scorza Júnior.

Entre os pontos fortes da tecnologia estão: disponibilização de dados para análise, tomada de decisão e elaboração de planos de prevenção, e a contribuição significativa para a qualidade ambiental. O pesquisador destaca que a intensificação do uso de agrotóxicos na agricultura e a possibilidade de contaminação dos recursos hídricos apontam para um dos maiores desafios tecnológicos, que é a preservação da qualidade dos recursos hídricos e a garantia da sustentabilidade da atividade agrícola. A ferramenta poderá ser utilizada por órgãos governamentais que são responsáveis pela avaliação da periculosidade ambiental de agroquímicos como, por exemplo, o Ibama.

"Com a apresentação desta tecnologia em um evento relevante como o Ciência para a Vida, a expectativa é ter um retorno da sociedade quanto a essa ferramenta que visa avaliar impactos ambientais. Esse retorno pode funcionar como motivação para procurarmos, cada vez mais, soluções de pesquisa em benefício da sociedade", afirma o pesquisador.

Planície de tecnologias

A ferramenta "Acha" está entre as mais de 60 tecnologias selecionadas segundo critérios técnicos e mercadológicos que ocupam o espaço denominado Planície de Tecnologias. Esse espaço, mais voltado para os negócios, divide-se em sete segmentos: produção animal, produção vegetal, cultivares, tecnologiais agroindustriais, biotecnologia, bioprodutos, máquinas e equipamentos. Os interessados terão um portfólio a sua disposição, inclusive com contatos dos centros de pesquisa responsáveis pelas tecnologias.

Biodiesel é produzido ao vivo no Ciência para a Vida

A Embrapa Agroenergia irá produzir biodiesel utilizando álcool etílico e óleo de pinhão manso, na VII Ciência para a Vida.

Será usado um reator, que é totalmente de vidro, para que o público perceba o que realmente acontece durante a reação que transforma o óleo em biodiesel. Nessa reação, explica a pesquisador Simone Mendonça, as pessoas poderão conhecer o método de produção do biodiesel - a transterificação - que é o processo que transforma o óleo em biodiesel.

"O que estamos fazendo é um pouco diferente neste momento. Estamos utilizando o etanol, que é renovável e tem várias vantagens ambientais para manipulação e para os próprios trabalhadores, ao invés do metanol que é normalmente utilizado em 98% das usinas", ressalta a pesquisadora.

A reação com o etanol é mais complicada, mas os cientistas da Embrapa Agroenergia já conseguiram e estará sendo demonstrada. Dentre as razões para que o etanol ainda não seja utilizado em grande escala esta o fato da reação aplicando o etanol na transesterificação ser mais demorada e precisar de uma temperatura maior para ocorrer, tornando o balanço energético não favorável. Isto faz com que o metanol ser ainda mais viável economicamente.

Além disso, embora o reator seja totalmente fechado e seguro, escolheu-se usar o etanol ao invés do metanol, que é uma substancia altamente tóxica para produzir o biodiesel.

"Não podemos arriscar mesmo com uma possibilidade remota, um possível acidente, que haja a liberação de vapores tóxicos em um ambiente fechado como é o caso da Feira", esclarece a pesquisadora. Além disso, é um novo processo que a Embrapa Agroenergia esta desenvolvendo.

Outra inovação da produção de biodiesel na Exposição é utilização do óleo de pinhão-manso como matéria-prima alternativa, cultura em que a Embrapa tem investido fortemente em pesquisas, ainda estão em andamento. Atualmente, cerca de 80% da produção de biodiesel no Brasil é proveniente do óleo de soja.

Hoje, a Embrapa Agroenergia já tem capacidade analítica extremamente sofisticada para avaliar a pureza e a qualidade do biodiesel que estamos produzindo. "O biodiesel que estaremos produzindo na Feira não é de faz de conta, é de verdade, com pureza e baixo teor de resíduos, enfim, com toda a qualidade", garante a cientista.

Mais informações nos endereços

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