Pesquisa sugere que fungos podem formar frases
Trata-se de sistema muito mais complexo do que o suposto anteriormente, podendo chegar - em algumas espécies - a um total de 50 "palavras" diferentes
Durante a missão do governo brasileiro à Índia, entre os dias 19 e 22 de abril de 2022, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) e a Associação dos Fabricantes dos Automóveis Indianos (SIAM) assinam memorando de entendimento para construir uma agenda integrada para redução de emissões na matriz de transporte veicular na Índia.
Um dos objetivos da missão, liderada pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, é fortalecer a cooperação técnica entre os dois países na área de mobilidade sustentável, com ênfase nos biocombustíveis e nos veículos com tecnologia flexfuel, usada no Brasil há quase duas décadas. Participam da comitiva representantes dos setores sucroenergético, automobilístico e da indústria de base brasileiros.
Desde 2019, a UNICA intensificou o trabalho de cooperação com os indianos, ressaltando os benefícios ambientais e socioeconômicos da produção e uso de etanol como fonte de energia renovável e sustentável para a mobilidade. E os resultados dessa troca de experiências podem ser vistos na decisão do governo indiano de antecipar para 2025 a meta de misturar 20% do biocombustível à gasolina. Até o final de 2022, o país pretende chegar à adição de 10% de etanol à gasolina.
A Índia também anunciou, no fim do ano passado, que iniciará, a partir do segundo semestre de 2022, a produção de carros com motores flex fuel, tecnologia brasileira que permite a utilização de 100% de etanol nos veículos, ou a mistura de qualquer percentual do biocombustível com o seu equivalente fóssil.
“O etanol é uma opção moderna e sustentável para a mobilidade, capaz de gerar impactos positivos imediatos na segurança energética, na saúde pública por meio da redução da poluição local e nas emissões de gases de efeito estufa (GEE), maiores responsáveis pelo aquecimento global. Os desafios impostos pelos impactos da mudança do clima são enormes e entendemos que o etanol é parte da solução para isso”, afirma o presidente da UNICA, Evandro Gussi.
Quando comparado à gasolina, o etanol emite até 90% menos CO2. O uso do etanol no Brasil, nos últimos 19 anos, quando a tecnologia dos carros flex foi introduzida no País, evitou a emissão de mais de 600 milhões de toneladas de gás carbônico na atmosfera. Além de resultar na economia de mais de 100 bilhões de litros de combustíveis fósseis de serem consumidos e importados, uma economia de custos estimada em US$ 50 bilhões, trazendo enormes benefícios ambientais e econômicos para o país.
“Mais do que um parceiro estratégico do Brasil nessa agenda, a Índia tem todas as condições de se tornar um importante player na Ásia na agenda de descarbonização”, pontua Gussi.
Na Índia, o programa Etanol oferece uma alternativa de diversificação de mercado aos quase 50 milhões de produtores de cana do país, que atualmente dependem somente da produção de açúcar. A produção do etanol possibilitará uma maior diversificação da produção e consequente redução de riscos da atividade.
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura