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De acordo com dados da Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem), o mercado brasileiro de sementes atual é o terceiro maior do mundo, com uma movimentação anual de cerca de US$ 4,5 bilhões, sendo que nos últimos 12 anos o volume de produção, sejam geneticamente modificadas ou convencionais, passou de 1,6 milhão para quase 3 milhões. Associado a este crescimento, o segmento de tratamento de sementes vem acompanhando esta evolução, como a melhor opção para o agricultor assegurar o potencial genético, além de garantir o estabelecimento do stand inicial das plantas.
Estima-se que 70% do tratamento hoje no Brasil seja feito diretamente na lavoura contra 30% de forma antecipada e no modelo industrial. Uma das situações que refletem ainda esse cenário é a questão cultural, ou seja, o agricultor que sempre fez o tratamento em sua fazenda, prefere que seja assim por estar mais seguro que o produto que comprou para utilizar no tratamento das sementes esteja na dose recomendada. Para a safra 2014/2015, além das barreiras culturais – o tratamento de sementes industrial pode reduzir 5% devido a perdas na produção de sementes em algumas regiões do Brasil e também por conta do uso de sementes salvas que deve crescer nesta safra.
A boa notícia é que tanto a indústria quanto o agricultor estão em harmonia quando o assunto é cuidar da semente antes do plantio. De forma análoga essa fase pode ser compreendida como um seguro agrícola prematuro, isto é, dá a estabilidade necessária para a germinação e outros processos subsequentes que garantam uma população adequada de plantas vigorosas e saudáveis, facilitando a implantação das culturas. Contudo, para que o Brasil se torne competitivamente mais eficiente do que já é no agronegócio mundial, o produtor rural precisa abdicar de um modelo convencional e partir em busca de mais inovação nessa área. Isso significa estar disposto a usufruir dos benefícios que estão por trás do modelo de tratamento industrial de sementes disponibilizado pelas empresas do setor e sementeiras, que são reguladas pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
A profissionalização do segmento de tratamento de sementes industrial não favorece apenas os detentores da tecnologia, mas sim a cadeia de valor inteira. Para o produtor, essa modalidade assegura a ausência de limitação de produtos a serem aplicados na semente quando comparado ao modelo convencional, ponto fundamental para obtenção de um stand adequado, com menos risco de ataque de pragas e doenças e, consequentemente alcançar a produtividade rentável esperada. O uso de polímeros e pós-secantes no tratamento de sementes industrial permite uma cobertura mais uniforme e maior fixação dos ingredientes ativos dos defensivos agrícolas nas sementes, contribuindo para uma melhor eficiência e como consequência, maior produtividade, qualidade e rentabilidade. Outros fatores de extrema importância são a minimização dos riscos de intoxicação de operadores em função da redução do contato com os defensivos agrícolas, pela baixa geração de pó, bem como a baixa incidência de contaminações ambientais.
A indústria do agronegócio está comprometida em fornecer tecnologias que gerem desenvolvimento para a agricultura e da economia nacional, já que o segmento representa 30% da mão de obra empregada no país, mais de 40% das exportações e possui um peso considerável na balança comercial brasileira há mais de 14 anos. Já o setor de maquinários é beneficiado também pelo aumento da demanda com a oportunidade de comercializar e desenvolver novos equipamentos gerando mais tecnologia verde e amarela. Com toda essa movimentação, o Brasil tem a possibilidade de gerar um acréscimo numérico ao Produto Interno Bruto (PIB). Nos próximos cinco ou seis anos, a tendência é que o modelo industrial de tratamento de sementes represente 70% e o tratamento na lavoura terá 30% do bolo. Este cenário contribuirá para um aumento significativo da competitividade brasileira no mercado mundial agrícola porque facilitará que o País possa exercer seu papel de celeiro do mundo.
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