Transporte rodoviário de trigo cresce 57% no 1° trimestre, aponta Fretebras

A safra recorde impulsionou a demanda de fretes, principalmente no Rio Grande do Sul; o preço médio do frete do trigo também aumentou 25% no período

16.06.2023 | 13:58 (UTC -3)
Barbara Lobato

Dados da Fretebras, - do Grupo Frete.com - maior plataforma de transporte rodoviário de cargas da América Latina, mostram crescimento de 57% no volume de fretes no 1° trimestre deste ano na comparação com igual período de 2022. O movimento foi puxado em grande parte pelo Rio Grande do Sul, onde a expansão atingiu 70%. Em relação ao preço médio do frete por tonelada do trigo, a plataforma também registrou alta de 25% no período.

“Esse aumento da produção reflete no aumento do volume de fretes do trigo em nossa plataforma. Com a necessidade de escoar maior quantidade do produto, as transportadoras do agro buscam soluções digitais como a Fretebras para contratar caminhoneiros que realizam o transporte do trigo de forma mais rápida e eficaz e garantir o escoamento das cargas”, diz Bruno Hacad, Diretor de Operações da Fretebras.

Hacad explica que o preço do frete é impactado por oferta e demanda e quando há um aumento no volume de cargas é natural que o preço do frete também suba. Por isso, utilizar plataformas de fretes, como a da Fretebras, é um bom caminho para gerar mais economia e garantir o cumprimento dos contratos pelas transportadoras.  

Outro fator que influencia no preço do frete é o diesel. Mas, com as recentes quedas, o insumo está com um valor somente 5% mais alto no 1° trimestre deste ano comparado com o mesmo período do ano passado, enquanto o preço do frete do trigo por tonelada aumentou 25%, cinco vezes mais. Isso reforça o aumento expressivo de oferta versus demanda do produto e traz uma boa notícia para os motoristas, que passam a trabalhar com margens melhores nos fretes que realizam.

Quanto aos Estados produtores, o Rio Grande do Sul obteve a sua maior safra. A área cultivada do trigo foi a maior em 42 anos, segundo a Emater. Já o Paraná sofreu com excesso de chuvas e foi passado em volume produtivo pelo Rio Grande do Sul. Mesmo assim, o Brasil atingiu uma produção 24% maior em relação à temporada anterior, de acordo com a Embrapa Trigo.

Esse aumento se reflete diretamente no transporte de cargas rodoviário, pois é necessário um volume maior de caminhoneiros para escoar a produção. Além do crescimento de 70% no volume de fretes de trigo na plataforma da Fretebras, o Rio Grande do Sul aumentou sua representatividade do produto em 7 p.p, demonstrando esse protagonismo do Estado na produção do cereal.

“O ano começou bem para o trigo em nossa plataforma, com muita demanda de fretes ainda decorrentes da produção recorde da safra anterior, com estoques e necessidade de escoamento. Para a próxima safra esperamos resultados similares, com a força do Rio Grande do Sul e mais protagonismo do Paraná”, afirma Hacad.

Segundo a consultoria StoneX, as projeções para a próxima safra do trigo são de 11,3 milhões de toneladas produzidas, cerca de 3% a mais em relação à temporada passada.

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