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Passando por estradas de chão e trilhando caminhos onde o acesso só é realizado a pé ou a cavalo, equipes do Mapa, da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Agência de Defesa Agropecuária do Estado de Roraima (ADERR) estão percorrendo comunidades localizadas na Terra Indígena Raposa Serra Sol, em Roraima, para vacinar todos os bovinos contra febre aftosa.
A primeira comunidade visitada pelo Programa foi a Kuropa, no município de Normandia, a 265 km de Boa Vista/RR. Composta por 65 indígenas que vivem da agricultura de subsistência e criação de 175 gados, a comunidade aguardava a chegada da equipe para realizar a vacinação. “O programa trouxe muitos benefícios para nós ao garantir que o gado fique livre de doenças e possa ser vendido em qualquer parte do estado, gerando recursos para a melhoria de vida das nossas famílias”, avalia o líder Kuropa, Tuxaua José Constantino.
Além da imunização, a equipe também orienta os vaqueiros e demais membros da comunidade sobre outras doenças de bovinos e a maneira correta de tratamento. Constantino, que sempre vacinou seu rebanho contra febre aftosa, raiva e verminose, acredita que em poucos anos a comunidade terá autonomia para realizar a imunização de todo o rebanho local.
Com a meta de vacinar todos os 49 mil gados do rebanho na área da Raposa Serra do Sol, a equipe do Mapa, FUNAI e ADERR vai visitar outras comunidade indígenas nos municípios de Pacaraíma e Uiramutã até o dia 20 de dezembro. Este é o terceiro ano da parceria, em que cada instituição ajuda com logística, pessoal e doses de vacinas.
De acordo com o técnico do Mapa e coordenador da vacinação na Terra Indígena, Francisco Sales, essa iniciativa é estratégica para que a região se torne oficialmente livre de febre aftosa. Além do mais, a área indígena Raposa Serra do Sol faz fronteira com Guiana e Venezuela, áreas consideradas com incidência da doença.
Apesar da dificuldade de se chegar a algumas comunidades, Sales está satisfeito com o andamento dos trabalhos. “Muitas vezes caminhamos quilômetros pelo lavrado com sol forte, levando na cabeça as caixas com as doses de vacina para garantir a imunização. Além disto, a frota utilizada na operação é exigida ao extremo, chegando a atravessar rios e circular em locais onde não existem estradas. É muito importante destacar nesta hora o grau de responsabilidade de cada um dos técnicos envolvidos no programa para o cumprimento das metas estabelecidas a fim de garantir os 100% de vacinação”, concluiu.
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