Alterações Global e LATAM na Corteva
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Durante a última Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP-26), realizada na Escócia, no fim do ano passado, o Brasil assumiu o importante compromisso de erradicar o desmatamento até 2030. Mas, para cumprir essa meta, o primeiro passo é o País ter mais agilidade na atualização das informações no campo e dos mapas sobre o uso das terras, afim de identificar de forma rápida e precisa áreas preservadas ou desmatadas de forma ilegal.
Ainda hoje há uma defasagem muito grande nas informações reais fornecidas pelos órgãos públicos responsáveis. Por exemplo, se uma instituição bancária vai fornecer crédito a uma propriedade rural, as únicas ferramentas que eles têm de comprovação do agricultor são as certidões negativas, com base nos dados do Ibama, Incra ou do Prodes (Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite), e que que não são atualizadas com uma periodicidade a todo momento, ou seja, longe do ideal
Para mudar essa realidade gerando um raio-X completo e atualizado da realidade das áreas no campo, a Agrocheck, empresa 100% brasileira, oferece a mais completa ferramenta de análise do agronegócio. Com o laudo socioambiental é possível ter, entre três a cinco dias, o relatório com as imagens atualizadas de qualquer área desejada.
“Agrocheck preenche esse vazio temporal e, em menos de uma semana, conseguimos fornecer esses dados atualizados, com uma ferramenta 100% automatizada que mostra de forma muito clara se houve ou não uma alteração fundiária relevante no local”, diz Alex Kalef, um dos diretores da startup.
Segundo o executivo, além da rapidez, essa é uma ferramenta segura e precisa para qualquer integrante da cadeia do agronegócio. Entre eles pode-se destacar: bancos, agentes financiadores, seguradoras, securitizadoras, fundos de investimentos, companhias de avaliação de terra, bem como os próprios produtores.
“Fazemos análises individuais geradas por mais de 100 satélites de imageamento, atreladas a um banco de dados geoespacial que tem mais de um petabyte onde, além das imagens, estão armazenados cerca de 9,5 milhões de registros de propriedades rurais, dados socioambientais, logísticos, jurídicos, financeiros”, pontua.
O laudo gerado pela startup analisa parâmetros importantes e fundamentais, entre eles: a situação da inscrição no Cadastro Ambiental Rural (CAR); polígonos/CARs atrelados ao CPF/CNPJ; zoneamento agrícola (ZARC) identificando tipo de solo e grupo de culturas/variedades. Além disso, o documento possibilita verificar se há a sobreposição de terras indígenas; embargos no Ibama; levantamento de áreas antropizadas (desmatadas a corte raso ou degradadas e queimadas) dentro das propriedades rurais contratadas naquele ano ou apontamentos no Prodes.
Nos últimos tempos a sigla ESG ganhou força e muitos adeptos a fim de garantir ou certificar a sustentabilidade principalmente no campo. A sigla vem do inglês Environmental (Ambiental, E), Social (Social, S) e Governance (Governança, G).
Para empresas que atuam na cadeia, ou seja, quem vende, empresta ou assegura algo ao produtor que busca esse sistema de gestão, o laudo socioambiental é fundamental principalmente por ser a solução para o quesito “E”, o mais complexo que se refere às práticas voltadas ao meio ambiente. “As siglas S e G são pontos correlacionados aos manuais de boas práticas, já quando pensamos no ambiental é mais complicado e delicado”, diz Kalef.
Ainda segundo o diretor, hoje o ESG está num processo de transição entre exceção e regra, mas em um futuro próximo isso vai mudar, pois as empresas não vão querer suas marcas relacionadas a escândalos ambientais.
“Com o nosso laudo socioambiental, qualquer player do mercado terá a certeza que estará construindo uma relação com o agronegócio sem fomentar o desmatamento ilegal, tendo total conhecimento e noção das suas atividades com dados atualizados”, reforça. “Já do outro lado, o produtor tem a possibilidade, por exemplo, de melhorar seu score e conseguir crédito mais barato”, finaliza.
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