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Até meados do final deste século, o planeta terá de conviver com o acréscimo de até dois bilhões de pessoas, segundo projeções da ONU. O desafio não é apenas produzir mais, e sim melhor. A oferta global de alimentos terá de saltar de 1,8 bilhão para 3,1 bilhões de toneladas até 2050, sem que a expansão da fronteira agrícola avance sobre florestas ou áreas de preservação. Nesse tabuleiro, o Brasil se posiciona como peça-chave, combinando potencial produtivo, tecnologia e papel estratégico na segurança alimentar mundial.
Porém, há desafios a serem superados, por exemplo, a FAO estima que cada ponto percentual de ganho em eficiência no uso de sementes, fertilizantes e insumos pode significar milhões de toneladas a mais de grãos, impactando diretamente no equilíbrio global. “O grande desafio do futuro é produzir mais nas mesmas áreas, reduzindo perdas e aproveitando ao máximo cada insumo”, afirma Maximiliano Cassalha, gerente comercial da Crucianelli Brasil.
A lógica que guia esse movimento é simples: não basta aumentar hectares, é preciso elevar a plantabilidade, a precisão no posicionamento de sementes e fertilizantes, decisiva para produtividade e rentabilidade. “Estudos apontam que falhas nesse processo podem gerar perdas de até 15% na colheita. É justamente nesse ponto que a inovação se torna um diferencial competitivo”, pontua o especialista.
A Crucianelli, tradicional fabricante argentina de máquinas agrícolas, que atua no Brasil em joint venture com o Grupo Piccin, pode contribuir diretamente neste cenário. A linha Plantor, que já está disponível no mercado nacional, traz ao produtor brasileiro soluções de alta tecnologia adaptadas às condições locais. O modelo, Plantor 3.2, com largura de transporte de 3,2 metros, oferece versatilidade para grãos grossos e eficiência em áreas de difícil acesso. Já a Plantor 3.9, voltada a grandes operações, é a maior plantadeira da marca, com até 18 metros de largura de trabalho, caixas centrais de grande capacidade, autotransportável e compatibilidade com ISOBUS e semeadura pneumática.
O Brasil não só recebe novas tecnologias, mas assume um papel estratégico no esforço global de alimentar uma população crescente. “A chegada da empresa simboliza mais do que um lançamento comercial: é uma contribuição direta para a missão compartilhada das Américas de produzir alimentos de forma eficiente, sustentável e tecnológica”, complementa Cassalha.
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