Systemica adquire a Arapuá, empresa especializada em reflorestamento e agroflorestas no Pará

Esta é a primeira aquisição da empresa e visa verticalizar gestão de projetos socioambientais

11.07.2024 | 13:57 (UTC -3)
Systemica
Foto: reprodução
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A Systemica, empresa que atua com estruturação, desenvolvimento e implantação de projetos de redução de emissão de gases de efeito estufa, assinou a aquisição da Arapuá, empresa baseada no sudeste do Pará, que origina e implanta projetos do tipo ARR (Florestamento, Reflorestamento e Revegetação) e agroflorestas no bioma amazônico.  

Com a parceria, a expectativa é originar, até o fim de 2024, 1,5 mil hectares de projetos e começar a implantação de ao menos 500 hectares. Os valores da aquisição não foram divulgados. Ao unir esforços e conhecimentos, a Arapuá fortalece sua capacidade de implantar e gerenciar áreas de maior complexidade no setor agroflorestal e contribui para a meta da Systemica de implantar 40 mil hectares reflorestados até 2030.  

O acordo contribui para que a Systemica amplie sua capilaridade territorial para implantar projetos de impacto ambiental, com mais conhecimento de território e capacidade de articulação local no Pará. “O ecossistema composto por Systemica e Arapuá permite agora originar e implementar iniciativas que regeneram o bioma, permitem o restauro produtivo e podem ser fonte de créditos de carbono. A Arapuá, que antes atuava sob o nome Remata, já tem experiência comprovada com seus projetos em andamento no interior paraense. É este tipo de expertise que queremos somar ao ecossistema da Systemica”, explica Munir Soares (na foto), CEO da Systemica.  

O investimento reforça o compromisso da empresa em criar um ecossistema completo de soluções ambientais – primeiro em projetos de REDD+, com a preservação de territórios e geração de crédito de carbono, e agora com projetos de reflorestamento. Para Munir, o Brasil soma fatores que o coloca como o país de maior potencial na oferta de soluções de descarbonização da economia: vastidão de áreas para reflorestamento e conservação alinhadas a uma estabilidade política que oferece condições de estruturar projetos de longo prazo.  

Além disso, a união destes projetos gera produtos que podem ser comercializados e trazer uma nova solução para o mercado. A principal cultura já implementada pela Arapuá é uma agrofloresta de cacau, complementada pelo pantio de banana, mandioca e plantas nativas.  

“É uma geração de renda bem diversificada e na área mais degradada do bioma amazônico. Com esse novo braço operacional, a gente vai desenvolver um novo ecossistema agroflorestal juntos. Dentro da estratégia de reflorestamento, tudo que for crítico dentro da cadeia de valor, nós temos pensado em verticalizar”, pontua Felipe Monteiro CEO da Arapuá.  

Com uma equipe multidisciplinar distribuída em diferentes estados brasileiros, a Systemica identifica e avalia territórios com potencial de restauração e conservação. A aquisição da Arapuá possibilita que a Systemica abra novos caminhos para inovação e crescimento sustentável.  

“A parceria irá destravar grandes projetos, seja na área de carbono ou de financiamento de capital. Além de melhorar a estrutura da Arapuá e fazer com que nós consigamos implantar áreas maiores e mais complexas no setor. Juntos construiremos sistemas agroflorestais em larga escala”, conclui Eduardo Martins, fundador da antiga Remata, que assume a partir de agora como diretor de operações da Arapuá. Felipe Monteiro, atualmente diretor da Systemica, acumulará a cadeira de CEO da Arapuá.  

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