Pesquisa do MasterCitrus leva à regulamentação de três novos bactericidas
A partir do estudo desenvolvido no mestrado profissional do Fundecitrus, Mapa também autoriza redução do tempo de exposição aos produtos
Após fiscalização de auditores fiscais federais agropecuários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), foi descartada suspeita de ocorrência da praga quarentenária ausente Fusarium oxysporum f.sp. cubense raça 4 tropical (FOC R4T) em uma propriedade rural do município de Caratinga (MG). Técnicos do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e da Secretaria Municipal de Agricultura de Caratinga também participaram da fiscalização.
A praga FOC R4T pode afetar a produção de bananas em todo o país e, por isso, desde a confirmação de ocorrência na Colômbia, o Mapa vem adotando medidas de prevenção para barrar a entrada da praga no país, bem como adotado os protocolos de agilidade no atendimento às suspeitas.
A equipe de fiscalização percorreu toda a área plantada, aproximadamente cinco hectares, observando as plantas, solo, relevo e vegetação circunvizinha, incluindo as áreas cultivadas com banana localizadas no entorno da propriedade. Ao final da apuração, a área foi considerada livre da praga.
“Auditores fiscais federais agropecuários treinados na identificação da praga puderam concluir que a hipótese de ocorrência de FOC R4T na propriedade vistoriada era improvável, principalmente em virtude da ausência de sintomas típicos da doença como a quebra do pecíolo e colapso das folhas e descoloração vascular nas plantas observadas”, explica o chefe do Serviço de Fiscalização de Insumos e Sanidade Vegetal da Superintendência Federal de Agricultura de Minas Gerais, Peter Alex Honzák.
Os técnicos orientaram o proprietário e o responsável técnico a manterem histórico atualizado contemplando todas as atividades de condução e manejo da lavoura, anotando todos os procedimentos adotados semanalmente e disponibilizando-os às autoridades fitossanitárias sempre que solicitado.
A raça 4 tropical desse fungo é uma variação mais agressiva do já conhecido “Mal do Panamá” ou “Fusariose da bananeira”, e não há ainda variedades resistentes ou manejo químico viável para controle. A entrada desta praga no país representaria grandes perdas para os produtores de banana, com alto impacto socioeconômico para o Brasil.
O Mapa mantém equipe capacitada para atendimento aos alertas fitossanitários em todas as unidades da Federação, principalmente quanto às pragas quarentenárias ausentes. Em casos de suspeitas fitossanitárias, a recomendação é entrar em contato com a Superintendência Federal de Agricultura do seu estado.
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