CNA debate parcerias em projetos de irrigação e hidroagrícolas
Tema foi discutido em reunião da Comissão Nacional de Irrigação
Os engenheiros agrônomos Alan McCracken e Marcos Vilela de Magalhães Monteiro serão homenageados pelo Sindag com a medalha Mérito da Aviação Agrícola deste ano. A entrega da premiação será durante o Jantar da Aviação Agrícola, no próximo dia 19, às 20 horas. A movimentação será na Arena Clovis Candiota, no pavilhão do Centro de Eventos Zanini, no primeiro dia do Congresso da Aviação Agrícola do Brasil (Congresso AvAg), em Sertãozinho/SP. Distinção máxima da aviação agrícola brasileira, a premiação tem como objetivo reconhecer os feitos de profissionais que contribuíram de forma significativa com o crescimento e evolução do setor.
Lançada em 2017, a medalha teve como primeiros ganhadores os agrônomos Eduardo Cordeiro Araújo e José Carlos Christofoletti. No ano seguinte, os agraciados foram o engenheiro aeronáutico americano Leland Snow e o agrônomo Yasuzo Ozeki (ambos in memoriam) e, em 2019 (última edição presencial do Congresso AvAg, devido às restrições da pandemia da Covid 19), a distinção foi para o tenente-coronel da Força Aérea Marialdo Rodrigues Moreira, o empresário aeroagrícola Euclides de Carli (ambos in memoriam) e para o engenheiro agrônomo e professor Wellington Pereira Alencar de Carvalho.
Aos 84 anos, Marcos Vilela de Magalhães Monteiro tem uma intensa trajetória de mais de seis décadas contribuindo com o setor aeroagrícola brasileiro. Formado em Agronomia em 1959, ele foi um dos 10 primeiros pilotos formados na primeira edição do antigo Curso de Aviação Agrícola (Cavag), em 1967. Dois anos depois, ele concluiu seu doutorado em Agronomia pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (Usp).
Em mais de 60 anos de atividades profissionais, Marcos Vilela desenvolveu ou introduziu equipamentos e tecnologias importantes para a defesa fitossanitária, especialmente na aviação agrícola – como o ultrabaixo volume (UBV), o atomizador rotativo, sistemas eletrostáticos, sensores de inversão térmica e outros. Além disso, como instrutor credenciado pelo Ministério da Agricultura, já formou mais de 4 mil técnicos agrícolas e agrônomos, respectivamente, em cursos de executores (CEAA) e de coordenadores em aviação agrícola (CCAA).
Já tendo palestrado nos congressos organizados pelo Sindag, Vilela divide seus conhecimentos com o setor desde o primeiro evento aeroagrícola ocorrido no Brasil, em 1971. Aliás, além de palestrante no evento, foi ele quem presidiu a Diretoria da 1ª Reunião Anual dos Aplicadores Aéreos Brasileiros, ocorrida em julho daquele ano, no Parque Anhembi, em São Paulo.
O encontro foi promovido pelo Ministério da Agricultura dentro da 3ª Feira da Técnica Agrícola e teve a participação de ninguém menos do que Clóvis Gularte Candiota e Ada Rogato (primeiros homem e mulher pilotos agrícolas do país), Eduardo Araújo (ganhador da medalha nº 1 do Mérito da Aviação Agrícola), do tenente-coronel Marialdo Moreira (homenageado póstumo com a medalha nº 5) e outros pioneiros, como Joaquim Eugênio (Joaquim da Broca) e Orlando Bombini.
Nascido em Coleraine, no norte da Irlanda, e filho de agricultores, Alan McCracken reside atualmente em Daytona Beach, no estado norte-americano da Flórida. Aos 77 anos (completados em 16 de junho), ele já percorreu 134 países trabalhando em suas duas paixões: a agricultura e a mecânica. Engenheiro agrônomo e mecânico formado pelo Essex Institute of Agriculture, atualmente Writtle University College, em Essex, na Inglaterra, ele extensão em Aplicação Aérea no Cranfield College of Aeronautics, hoje Cranfield University, em Cranfield (a cerca de 80 quilômetros de Londres).
O novo indicado para o Mérito da Aviação Agrícola brasileiro conta quem teve sua paixão despertada para o setor enquanto trabalhava em experimentos na Polônia e Romênia. Falante na língua portuguesa, McCracken construiu carreira como um dos maiores especialistas do mundo em aplicação de químicos, tanto para proteção de lavouras quanto para combate a mosquitos. Ajudando muito no aperfeiçoamento do setor aeroagrícola brasileiro.
País aonde chegou pela primeira vez em 1973, para introduzir técnicas de aplicações aéreas e terrestres na dessecação da soja. Três anos depois, o potencial de maior uso de aviões nesse tipo operação foi tema de sua apresentação no 1º Simpósio Nacional de Operadores Aeroagrícolas, promovido pela Embraer na cidade de Guarujá, no litoral paulista. A partir daí, seu trabalho aumentou por aqui, ele participou de boa parte dos eventos aeroagrícolas realizados desde então e chegou a visitar o Brasil quase que mensalmente – até a chegada das restrições da pandemia da Covid-19.
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