Integrantes do grupo gestor da Agricultura ABC se reúnem na Capital
A edição 2011 do maior evento sobre pesquisa em café, o Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil, realizado pelo Consórcio Pesquisa Café - com organização da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Universidade Federal de Lavras (Ufla), Universidade Federal de Viçosa (UFV) e Embrapa Café - reuniu 813 participantes entre os dias 22 e 25 de agosto, no Tauá Grande Hotel Termas e Convention, em Araxá (MG). O público do 7º Simpósio superou a última edição que contou com a participação de 650 participantes, além dos cerca de mil que acompanharam o evento pela página do Consórcio Pesquisa Café (
) na internet, totalizando 6.664 visualizações. O evento ocorre a cada dois anos e busca aumentar a competitividade do café e a sustentabilidade do agronegócio no País.
De acordo com a organização do evento, o local para a realização do próximo Simpósio será definido nos próximos 30 dias, podendo o evento ocorrer na Bahia ou no Paraná. Segundo o presidente da comissão organizadora do Simpósio e coordenador do Núcleo Tecnológico Epamig Café, Gladyston Rodrigues Carvalho, estiveram presentes participantes que têm influência sob cerca de 70% do parque cafeeiro nacional. “A contribuição desta edição está atrelada à participação de lideranças nacionais da área técnica do café que poderão dar aplicabilidade imediata às inovações apresentadas”, conclui.
Esta edição do Simpósio contou com diversas palestras, apresentações de trabalhos técnicos, minicursos, painéis de discussão, além de sessão de 355 pôsteres e visita técnica à Fazenda São Matheus, em Araxá, referência em cafeicultura do Cerrado. Para o produtor José Antônio Azevedo de Oliveira, de Alto Paraíso de Goiás (GO), a visita foi uma excelente oportunidade. “É uma fazenda modelo. Percebi a mentalidade aberta do proprietário e o nível de excelência da sua fazenda”, elogia. De acordo com o produtor, nesta fazenda são produzidas 75 sacas por hectare.
Durante o evento, foram discutidos grandes temas como Agronegócio Café, Regiões Cafeeiras e Cafeicultura e Meio Ambiente. A programação reuniu nomes de peso da pesquisa em cafeicultura do país, integrando momentos de discussões científicas e acadêmicas com discussões técnicas.
Para o presidente da comissão científica do Simpósio e gerente geral da Embrapa Café, Paulo César Afonso Junior, é fundamental promover a integração entre os vários segmentos da pesquisa cafeeira para superar barreiras e proporcionar o aprimoramento de todas as etapas da cadeia produtiva do café, da produção à qualidade da bebida. “O Simpósio é um importante momento para a comunidade científica discutir o estado da arte da cafeicultura, permitindo o realinhamento das ações de pesquisa em andamento, propondo novas linhas e construindo novas redes de trabalho”, ressalta Paulo César. Segundo ele, os dez painéis de discussão foram um grande diferencial. “Essencialmente técnicos, eles puderam detectar grandes temas para futuras pesquisas a partir da percepção de demandas identificadas junto ao público, além de trazerem para discussão temas de interesse para cafeicultura como biotecnologia, irrigação, qualidade do café, combate a pragas de doenças, solo e indicação geográfica, entre outros”, considera.
Além disso, para o gerente geral a equipe do comitê científico, formada por cerca de cem pesquisadores do Consórcio Pesquisa Café garantiu o sucesso e a qualidade técnica do evento. “Também aprendemos com as edições anteriores e, pelos comentários que ouvimos, estamos no caminho certo e melhorando sempre, agregando experiência e conhecimentos. Estamos em um momento de reestruturação, de repensar o Consórcio Pesquisa Café e precisamos, todos os que têm apreço por esse arranjo multiinstitucional, estar juntos e compartilhar nossos anseios. Temos uma responsabilidade grande e compartilhada pela frente”, disse Paulo César.
Para o proprietário da empresa Café Brasil, Benedito Roberto Staut, que participou de todas as edições do Simpósio, esta foi a melhor. “Quem participou ativamente do evento não saiu de forma alguma com as mesmas ideias de quando entrou”, opina. Para Staut, o Simpósio foi um momento de troca de ideias, de novas conclusões e quebra de paradigmas.
O Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil reúne o que há de mais atual em pesquisa, desenvolvimento e inovação em cafeicultura, prospectando demandas futuras para o setor e gerando repercussões econômicas para o agronegócio café, sempre com o motivo maior de atribuir mais competitividade e sustentabilidade a esse segmento de grande relevância para o País. O Brasil é hoje o maior produtor e exportador de café do mundo e segundo maior consumidor, com a perspectiva de em breve ocupar a primeira posição também nesse ranking.
Os vídeos e palestras do evento estão disponíveis em
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Erasmo Reis
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