Seminários reforçam o Sistema Integrado de Produção de Tabaco

Sete encontros realizados no Sul do Brasil reuniram mais de 1,3 mil profissionais para debater boas práticas

01.10.2025 | 14:45 (UTC -3)
SindiTabaco
Foto: Junio Nunes
Foto: Junio Nunes

As entidades que integram o Fórum Nacional de Integração da Cadeia Produtiva do Tabaco (Foniagro) promoveram, entre os dias 8 e 25 de setembro, sete seminários para Fortalecimento do Sistema Integrado de Produção de Tabaco (SIPT). Os eventos reuniram mais de 1,3 mil participantes nos três Estados do Sul, incluindo orientadores agrícolas, gestores de produção, pesquisa e sustentabilidade das empresas integradoras, membros da diretoria e avaliadores da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), além de representantes das Federações de Agricultura e dos Trabalhadores na Agricultura dos três Estados do Sul do Brasil (Farsul, Fetag-RS, Faesc, Fetaesc, Faep e Fetaep).

As atividades ocorreram em Rio Pardo (duas edições) e São Lourenço do Sul, no Rio Grande do Sul; Rio Azul, no Paraná; e Mafra, Ituporanga e Maravilha, em Santa Catarina. A programação teve como eixo central a Lei da Integração (Lei nº 13.288/2016), abordando ainda temas como boas práticas agrícolas, manejo do solo, uso de sementes certificadas, contratação de mão de obra, saúde e segurança do produtor e proteção de crianças e adolescentes.

O coordenador do Fórum Nacional de Integração do Tabaco (Foniagro) e presidente da Afubra, Marcílio Drescher, destacou a importância da união entre produtores e indústrias. “Se não caminharmos juntos, enfraquecemos a cadeia produtiva, que já é muito perseguida e mal compreendida”, afirmou.

O assessor de diretoria do SindiTabaco, Carlos Alberto Sehn, reforçou os pilares do SIPT - Lei da Integração, sustentabilidade, qualidade e inovação - lembrando que o sistema garante aos produtores assistência técnica e financeira, transporte da produção e compra da safra contratada, às empresas o recebimento de produto de alta qualidade e integridade, além de assegurar rastreabilidade e regularidade no fornecimento aos clientes internacionais. “Nenhuma outra cadeia produtiva proporciona tantas garantias”, afirmou Sehn.

Na programação dos eventos, o vice-presidente de Produção e Qualidade do SindiTabaco e coordenador do Grupo de Trabalho (GT) Lei da Integração, Paulo Favero, apresentou sobre os compromissos relacionados a Lei da Integração, e detalhou os critérios para a contratação dos produtores, como área mínima de plantio e pacote de insumos. Ele também esclareceu sobre visitas técnicas obrigatórias e calendário de contratação e plantio, salientando que as regras visam dar maior segurança às duas partes do contrato de integração.

O economista da Afubra, Dener Turchiello, explicou a metodologia utilizada para calcular os custos de produção do tabaco, revisada a cada cinco anos e atualizada anualmente. Já os pesquisadores da Embrapa Clima Temperado, Adilson Bamberg e Adalberto Miura, apresentaram o projeto Solo Protegido, parceria com o SindiTabaco que se estenderá até 2029 e busca promover a sustentabilidade do solo.

Os representantes da empresa Profigen, Flávio Hoff e Nirlei Storch, alertaram sobre os riscos do uso de sementes piratas, que podem causar perda de contratos e contaminações. “As sementes representam apenas 0,56% do custo de produção. Não vale a pena arriscar os outros 99,44% do investimento”, ressaltou Hoff. Durante as programações foi ainda reforçada a importância do programa Tabaco Limpo, que mantém a reputação do produto brasileiro como um dos mais íntegros no mercado internacional.

Sustentabilidade e proteção social

As iniciativas ligadas a ESG (Environmental, Social and Governance), saúde e proteção da infância foram apresentadas por Nádia Fengler Solf, gerente do Instituto Crescer Legal, e pela assessora Técnica do SindiTabaco, Fernanda Viana Bender. As ações incluem campanhas educativas, termos de compromisso com o Ministério Público do Trabalho e programas de conscientização com produtores e famílias. O assessor de Relações Institucionais do SindiTabaco, Sergio Rauber, destacou ainda a importância das normas que asseguram o trabalho decente durante a safra, em especial na contratação de mão de obra temporária.

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