Cultivares de maracujá BRS ganham espaço no mercado
De 2008 a 2015, a Embrapa disponibilizou ao mercado, mais de 220 kg de sementes das cultivares BRS Gigante Amarelo (BRS GA1), BRS Sol do Cerrado (BRS SC1) e BRS Rubi do Cerrado (BRS RC)
O semestre se encerrou com números negativos para as exportações de arroz brasileiro. De janeiro a junho deste ano, o país teve queda em valores de 6,73% nas vendas ao mercado externo no comparativo com os seis primeiros meses de 2015 (US$ 151,6 milhões em 2016 ante US$ 162,6 milhões em 2015). O arroz beneficiado (com maior valor agregado) teve a maior baixa: menos 44,81% em valores no período. As informações são da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), com análise da Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz).
Entidade e empresários analisam que este desempenho insatisfatório ancora-se em uma série de fatores que têm elevado excessivamente o custo do arroz brasileiro para o mercado internacional. Entre esses fatores estão a taxa cambial, a redução da safra brasileira e a elevação dos preços da matéria-prima. “Tivemos um ano atípico, com prejuízos na colheita e aumento do valor do arroz em casca para indústria. Isso está deixando o Brasil muito menos competitivo; nossos preços, hoje, não têm como concorrer no mercado internacional”, afirma Caroline Spellmeier, gerente de exportação da empresa Arrozeira Adib Peixoto e diretora da Noble Comércio Exterior.
Essa situação, sublinha Caroline, é especialmente prejudicial neste momento em que o Brasil alcança um estágio de consolidação comercial e de imagem junto aos compradores internacionais. “Viemos trabalhando a exportação com muita dedicação nos últimos três anos e chegamos ao ponto de conquistar mercados cativos e importantes. É muito ruim para a imagem do país entrar e em seguida sair do mercado; acaba sendo uma perda de todo o trabalho que fizemos”, diz, Caroline, que menciona como possíveis saídas para este problema a desoneração de impostos para a importação de arroz.
Diretor comercial da Cooperja, Rodrigo Veiga cita que o Brasil não tem acompanhado os preços do setor em nível mundial: enquanto nos últimos 60 dias o arroz beneficiando no mercado internacional teve seu valor elevado em US$ 80 por tonelada, o valor do mesmo produto a partir do Brasil subiu mais de US$ 150. “O mercado internacional reagiu, mas nossa alta é maior do que os clientes podem absorver”, analisa. Para ele, as perspectivas positivas baseiam-se no câmbio para mudar a competitividade do arroz brasileiro ainda este ano.
Apesar da queda expressiva das exportações registradas no semestre, há bons resultados a destacar, conforme a Abiarroz. Peru e Estados Unidos têm apresentado números positivos tanto em valores como volumes. Para o Peru, foram vendidas 33,8 mil toneladas de arroz brasileiro em 2016, ante 23,9 mil em 2015, com faturamento de US$ 17,7 milhões neste ano (contra US$ 12,6 milhões no ano passado). Para os Estados Unidos, as toneladas exportadas subiram de 7,5 mil no primeiro semestre de 2015 para 10,5 mil em 2016. As ações do projeto Brazilian Rice – uma parceria entre a Abiarroz e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) para o incentivo às exportações de arroz beneficiado – têm participação relevante neste panorama de crescimento em mercados estratégicos.
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura