Como reforçar e proteger pneus florestais
Os pneus utilizados na colheita florestal trafegam intensamente sobre as cepas e os resíduos de madeira, que acabam muitas vezes causando danos irreparáveis em suas estruturas
As notificações das misteriosas sementes recebidas do exterior por cidadãos brasileiros comuns através dos Correios não param de crescer. Desde o alerta desencadeado pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) na última segunda-feira (14/09), os casos passaram a ser relatados também em outros estados, como Paraná e Rio Grande do Sul. No estado gaúcho surgiram registros de recebimentos nos municípios de Rio Grande, Carazinho e Erechim.
Nas redes sociais o assunto se espalhou feito rastilho de pólvora. Não raro é possível encontrar as mais diversas teorias conspiratórias e até mesmo explicações religiosas e profecias. O envio tem sido realizado a pessoas que realizam compras de produtos importados pela internet.
Entre os relatos de aquisições que resultaram no surpreendente "brinde" estão calçados, roupas e até um coletor menstrual. Nenhum dos destinatários tinha encomendado qualquer material vegetal. "Uma pessoa recebeu dentro da palmilha do tênis. Outro no bolso da jaqueta", relatou o fiscal de Defesa Agropecuária do Rio Grande do Sul, Alonso Duarte de Andrade.
A motivação do envio intriga e põe em alerta as autoridades sanitárias. "Estamos preocupados com bioterrorismo", confessa Andrade, que não descarta a hipótese de uma tentativa de atingir o Brasil pela importância agrícola do país. É preciso se manter vigilante a esse tipo de sabotagem que poderia impactar no aumento dos custos de produção ou resultar, por exemplo, no fácil ingresso de praga de difícil controle no território nacional. "Nossa preocupação é porque se trata de material não fiscalizado pelo Ministério da Agricultura e que a gente não sabe o que é", revela.
Sem qualquer fiscalização ou controle, o risco de que estejam contaminados com plantas daninhas, patógenos, fungos ou vírus é imenso. A atitude aparentemente inofensiva de plantar ou mesmo jogar fora pode resultar no ingresso de alguma praga, invasora ou doença no território brasileiro e redundar em enorme desafio fitossanitário e prejuízo ao País.
Por sorte a maioria das pessoas que fizeram contato com as autoridades sanitárias não tinham violado os pacotes. Os materiais recolhidos estão sendo encaminhados ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), mas até o momento ainda não há informação sobre o conteúdo.
Andrade apela à consciência, tanto de quem costuma importar sementes e materiais vegetais, como quem eventualmente receber involuntariamente os pacotes. "O agro é muito importante para o Brasil. Basta ver agora na pandemia, o peso que tem na nossa balança comercial, na produção de alimentos e na geração de empregos. Precisamos do apoio da população em geral para protegê-lo".
Não abrir, violar ou fazer qualquer outro uso é orientação básica para quem receber esse tipo de encomenda. As autoridades sanitárias precisam ser comunicadas imediatamente. No Rio Grande do Sul as notificações devem ser encaminhadas às inspetorias veterinárias de cada município, que já estão orientadas como proceder nestes casos. Em Santa Catarina a Cidasc colocou os telefones 0800-644-6510 e (48) 3665 7300 (WhatsApp) à disposição.
Cidasc alerta produtores sobre pacotes de sementes
Alerta da Cidasc sobre sementes enviadas pelos Correios desencadeia novas notificações
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