Secretaria da Agricultura do RS participa do Programa Nacional de Monitoramento da Cigarrinha-do-milho

Foram recebidos resultados das análises feitas nas cigarrinhas e folhas de milho com sintomas; amostras são provenientes de 97 municípios do RS

19.07.2021 | 20:59 (UTC -3)
SEAPDR

Fiscais estaduais agropecuários da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR) e extensionistas rurais da Emater/RS-Ascar participam do programa nacional de Monitoramento da Cigarrinha-do-milho e Enfezamentos da Cultura do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) desde abril deste ano. Recentemente, foram recebidos os primeiros resultados das análises feitas entre abril e maio nas cigarrinhas e nas folhas de milho com sintomas do complexo do enfezamento. As amostras são provenientes de 97 municípios do Rio Grande do Sul. 

Segundo o engenheiro agrônomo e chefe da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal da SEAPDR, Ricardo Felicetti, foram realizadas 214 coletas de material e analisadas 109 amostras de folhas, para verificar o quadro de infestação e de transmissão dos enfezamentos pelo inseto, já que é a cigarrinha-do-milho que transmite as bactérias e o vírus que causam o enfezamento. Destas, 44% foram positivas para o enfezamento pálido e 4% para o enfezamento vermelho. “Também foram analisadas 15 amostras de insetos, sendo que 40% foram positivas para o enfezamento pálido e 20% para o enfezamento vermelho, ou seja, eram portadoras das bactérias responsáveis pelo complexo do enfezamento”, explica. 

Felicetti esclarece que o Rio Grande do Sul aguarda ainda o resultado de mais de 100 amostras, tanto de folhas quanto de insetos. As análises estão sendo feitas pelo laboratório do Mapa no estado de Goiás. “Ele que está recebendo amostras de todo o país”, conta. 

Conforme o engenheiro agrônomo, os resultados evidenciam que a praga está presente em todo o território gaúcho. “Por isso, é importante que o produtor esteja atento às práticas de manejo que podem minimizar as perdas, entre elas a eliminação de plantas espontâneas de milho (guaxas), que são responsáveis por manter as bactérias no período entre as safras; evitar perdas na colheita, minimizando assim a possibilidade de haver plantas fora do período de cultivo; evitar ‘pontes verdes’ de lavouras de milho, próximas e com diferentes estádios de desenvolvimento; e realizar o controle da cigarrinha e tratamento de sementes conforme orientação técnica”. 

Sobre o programa 

O programa, coordenado pelo Mapa, está sendo realizado neste final de safra em âmbito nacional, devido aos problemas enfrentados pela ocorrência de cigarrinha-do-milho - Dalbulus maidis (Hemiptera: Cicadellidae) - e as fitobactérias transmitidas por este inseto, que causam o enfezamento vermelho e o enfezamento pálido nas plantas de milho, além da virose da risca do milho. O problema está ocorrendo com maior severidade este ano nos principais estados produtores de milho do Brasil.

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