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Os primeiros levantamentos do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) para a safra 2025/26 mostram um cenário de ajustes e contrastes entre as principais culturas do estado. Enquanto a soja e o algodão apresentam retração nas projeções de oferta e exportações, o milho mantém destaque com aumento da demanda interna e crescimento do Valor Bruto da Produção (VBP).
Até o dia 3 de outubro, a semeadura da soja 2025/26 atingiu 15,03% da área prevista em Mato Grosso, avanço de 9,06 pontos percentuais em uma semana e ritmo acima da média dos últimos cinco anos. As chuvas irregulares, no entanto, levaram parte dos produtores a interromper o plantio em algumas regiões, especialmente onde as temperaturas seguem elevadas.
No balanço de oferta e demanda, o Imea reduziu as exportações da safra 2024/25 em 0,97%, para 30,50 milhões de toneladas, e manteve projeção de queda também para o próximo ciclo, com 29,33 milhões de toneladas previstas. Em contrapartida, o consumo interno do estado cresceu 0,32%, alcançando 13,03 milhões de toneladas, impulsionado pela ampliação da capacidade de esmagamento. Os estoques finais caíram 32,42%, refletindo o ritmo mais acelerado de escoamento da oleaginosa.
Apesar da leve alta de 0,93% no preço de paridade de exportação para março/26, o mercado de soja tem sido pressionado por prêmios menores e pela queda de 73% no diferencial de base MT/CME, segundo o instituto.
Para o milho, o Imea estima oferta de 53,29 milhões de toneladas na safra 2025/26, queda de 4,05% frente à temporada anterior. A redução reflete a expectativa de menor produção em relação ao recorde anterior, mas o consumo interno segue em alta, com crescimento de 5,61%, atingindo 18,57 milhões de toneladas. O avanço é sustentado pela expansão de usinas de etanol e maior demanda de ração animal.
Já as exportações devem cair 7,06%, totalizando 26,10 milhões de toneladas, e os estoques finais estão estimados em 616,6 mil toneladas, recuo de 60,77% frente à safra passada.
Mesmo diante da leve desvalorização semanal de 0,36% nos preços internos, o milho mantém bom desempenho econômico. O VBP do cereal deve alcançar R$ 40,39 bilhões em 2025, alta de 20,33% ante 2024, o que representa 19% da composição do VBP total do estado.
O primeiro levantamento do Imea para o algodão 2025/26 aponta redução de 5,65% na área plantada, que deve totalizar 1,46 milhão de hectares. O recuo é explicado pela tendência baixista dos preços e pelo aumento dos custos de produção, o que tem levado produtores a direcionar parte das áreas para o milho de segunda safra.
Com isso, a produção de algodão em pluma foi estimada em 2,62 milhões de toneladas, queda de 12,91% frente ao ciclo anterior. A oferta total deve somar 3,51 milhões de toneladas, 2,57% menor que na safra passada. A demanda também recuou levemente (0,33%), com estoques finais projetados em 807,8 mil toneladas.
No mercado, o preço da pluma caiu 1,02% na semana, sendo cotado a R$ 112,47 por arroba, pressionado pela maior disponibilidade do produto e pela queda nas cotações internacionais. Em contrapartida, o óleo de algodão valorizou 1,74%, sustentado pela forte demanda das indústrias de biocombustíveis no estado.
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