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O 13º Prêmio Região do Cerrado Mineiro (RCM), realizado na última semana em Uberlândia (MG), registrou um marco histórico para a cafeicultura brasileira. Uma saca produzida por Eduardo Pinheiro Campos, da Fazenda Dona Nenem, venceu a categoria Cereja Descascado e foi arrematada por R$ 200 mil, o maior valor já pago por uma saca de café em um leilão no país.
O lote foi adquirido por um consórcio formado por Expocacer, Veloso Green Coffee, Marex e Nucoffee, que destacou o potencial dos cafés de origem controlada da região. O segundo maior lance, de R$ 100 mil, foi feito pela Louis Dreyfus Company para o café campeão da categoria Natural, produzido pela Agropecuária São Gotardo Ltda.
Ao todo, o Leilão Solidário movimentou R$ 562 mil, com média de R$ 62,4 mil por saca, reforçando a valorização crescente da Denominação de Origem Cerrado Mineiro. Cerca de 40% do montante será destinado ao projeto Escola de Atitude, que promove formação cidadã entre jovens de comunidades produtoras.
Maior vencedor da história do prêmio, com 11 pódios em 13 edições, Eduardo Pinheiro Campos atribuiu o resultado ao trabalho contínuo por qualidade e inovação da equipe da Fazenda Dona Nenem. Para Juliano Tarabal, diretor executivo da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, o recorde reforça a força da região, que completa 20 anos como Indicação Geográfica.
A cerimônia reconheceu os cafés mais bem pontuados nas categorias Natural, Cereja Descascado, Fermentado e Doce Cerrado Mineiro, todos acima de 80 pontos. As amostras foram nomeadas pela barista Maryana Castro, reforçando a identidade sensorial dos grãos da região.
Destaques por categoria
O evento também premiou boas práticas de sustentabilidade. O Troféu Atitude Sustentável foi concedido a Claudio Nasser de Carvalho (Auma Cafés) pelo projeto Laboratório Vivo, que integra ciência e manejo ambiental. Já o Troféu Escola de Atitude reconheceu o projeto educacional Os Encantos da Região do Cerrado Mineiro, inscrito pela cooperativa Carpec.
Com 714 amostras inscritas, a edição de 2025 foi a maior da história do prêmio. O evento marcou ainda a estreia no Brasil do Coffee Value Assessment (CVA), novo protocolo internacional de avaliação sensorial da Specialty Coffee Association (SCA), aplicado na categoria Doce Cerrado Mineiro.
Para Gláucio de Castro, presidente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, o uso do CVA coloca a região em um novo patamar de referência global em qualidade, transparência e sustentabilidade.
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