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As chuvas dos dias 23 e 24 de janeiro trouxeram alívio temporário às lavouras de soja e milho no Rio Grande do Sul, permitindo a retomada do plantio e a recuperação parcial das plantas. No entanto, os volumes foram insuficientes para encerrar a estiagem. E parte das perdas no potencial produtivo já está consolidada, principalmente em áreas sem irrigação.
As condições fitossanitárias exigem monitoramento intensificado, especialmente diante do aumento da umidade, que favorece doenças fúngicas e a incidência de pragas. As informações são da Emater/RS.
A retomada do plantio em áreas de resteva de milho sem irrigação e o replantio em locais com falhas no estande mantiveram a área semeada em 99% no estado.
No momento, 29% da cultura está em enchimento de grãos, 41% em floração e 30% em germinação e desenvolvimento vegetativo. Apesar da melhora hídrica, o manejo fitossanitário exige atenção redobrada, principalmente em lavouras tardias.
Com a elevação da umidade do solo e do ar, houve um aumento da pressão de doenças fúngicas, como a ferrugem-asiática, o que levou os produtores a intensificarem as aplicações preventivas de fungicidas. Algumas regiões também registraram maior incidência de insetos-praga, como percevejos e tripes.
Os impactos da estiagem ainda refletem nas lavouras semeadas no final de outubro e nas cultivares de ciclo precoce, que já apresentam perdas consolidadas no potencial produtivo. A redução do porte das plantas e do número de ramos laterais compromete o rendimento, especialmente no Centro-Oeste do Estado. Já nas regiões mais a Leste, as condições climáticas mais estáveis favoreceram o desenvolvimento da soja, reduzindo o impacto das pragas e mantendo o potencial produtivo próximo ao esperado.
As chuvas também beneficiaram as lavouras de milho, especialmente aquelas em desenvolvimento vegetativo e início do período reprodutivo.
A umidade do solo melhorou, favorecendo a retomada do plantio da safrinha, principalmente em áreas de resteva de tabaco e feijão. No entanto, o monitoramento de pragas tem sido reforçado devido ao aumento da umidade.
A cigarrinha-do-milho segue como uma das principais preocupações, pois sua presença pode intensificar a disseminação do enfezamento, comprometendo a produtividade. Além disso, há relatos de ataques de lagartas em algumas regiões, exigindo aplicações pontuais de inseticidas.
A colheita da safra avança e já atinge 38% da área projetada no estado. Os rendimentos observados são satisfatórios, com algumas lavouras superando as expectativas iniciais. No entanto, as perdas causadas pela estiagem de janeiro afetam 19% das lavouras em enchimento de grãos, com impacto maior nas regiões onde as chuvas foram irregulares.
Na Região Oeste, a umidade restabelecida ajudou na recuperação das plantas, mas não reverteu completamente as perdas acumuladas. Já na Região Leste, as precipitações foram mais consistentes e beneficiaram as lavouras nesse estágio fenológico.
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