Relação de troca entre café e fertilizante aumentou 77% (mais de 4 sacas por tonelada) desde 2011

05.11.2013 | 21:59 (UTC -3)
Assessoria de Imprensa

Em função de especulações quanto a amplas quantidades ofertadas nos países produtores da América Latina, o preço futuro do café arábica sofreu queda acentuada na Bolsa de Nova York em outubro. O vencimento dezembro do contrato C perdeu 830 pontos no acumulado do mês, com destaque para 13 quedas sucessivas, o maior número de recuos seguidos desde o ano de 1972. A média mensal do vencimento de dezembro foi de US$ 1,1279 por libra-peso, valor 31,53% inferior ao do mesmo período do ano passado.

Os estoques certificados de café da ICE Futures US apresentaram redução de 56 mil sacas, encerrando o mês em 2,715 milhões de sacas. Observa-se que a redução dos estoques foi mais acentuada em outubro, praticamente o dobro da registrada no mês anterior.

Previsões de chuvas nas principais origens brasileiras, que estariam estimulando um bom desenvolvimento da safra 2014/15, e perspectivas de colheita recorde na Colômbia, desde 2007, foram os principais fatores que motivaram essa tendência. A estratégia dos compradores internacionais trabalharem com estoques baixos também pressiona os preços do arábica e pode ter o efeito de aumentar a volatilidade do mercado diante de condições climáticas adversas, conforme análise da Safras & Mercado.

Embora a alternância entre períodos chuvosos e secos no cinturão produtor brasileiro crie condições favoráveis para a realização dos tratos culturais necessários ao desenvolvimento dos cafezais, na prática não se observa a efetivação dos mesmos no campo. Em função dos baixos preços praticados, cafeicultores brasileiros estão descapitalizados e a aplicação de fertilizantes e fungicidas está aquém das recomendações agronômicas.

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