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O Valor Bruto da Produção – VBP das lavouras brasileiras foi calculado para este ano de 2020 em R$ 448,4 bilhões, tendo como base principal a produção dos últimos quatro trimestres e os preços médios recebidos pelos produtores agrícolas, nos meses de janeiro e fevereiro, de dezessete culturas que foram objeto desta pesquisa para estimar o faturamento do setor.
Se for estabelecido um ranking das seis principais culturas, em termos de arrecadação, constata-se que a soja figura em primeiro lugar, com faturamento bruto estimado em R$ 160,22 bilhões, depois vem o milho, com R$ 73,83 bilhões, seguido da cana-de-açúcar, em terceiro, com R$ 61,16 bilhões. Na sequência, em quarto lugar, destaca-se o algodão herbáceo, com faturamento estimado em R$ 42,6 bilhões, depois o café, em quinto, com R$ 25,11 bilhões, e, em sexto, a laranja, com receita bruta calculada em R$ 14,73 bilhões. Nesse mesmo contexto, devido à sua proeminência, vale destacar ainda que o faturamento bruto da cafeicultura de Minas Gerais representa 61% do faturamento da lavoura de todos os Cafés do Brasil.
Com relação exclusivamente às lavouras dos Cafés do Brasil, se for estabelecida uma correlação do VBP de todas as lavouras pesquisadas com a receita da produção de café, nos seis principais estados da Federação que produzem essa cultura, constata-se que Minas Gerais, maior produtor de cafés do País, tem um faturamento estimado de R$ 15,32 bilhões exclusivamente com essa cultura, o qual corresponde a 34,6% do VBP total das suas lavouras, que é de R$ 44,22 bilhões. A seguir vem o Espírito Santo, segundo maior produtor de café, com uma receita bruta estimada para os cafés de R$ 4,69 bilhões, montante que corresponde a 78,5% do total arrecadado de suas lavouras.
Na sequência, destaca-se o estado de São Paulo, que é o terceiro maior produtor de cafés, cujo faturamento dessa cultura está calculado em R$ 2,3 bilhões, cifra equivalente a 4% do seu VBP da produção de lavouras. O quarto colocado na produção de cafés no País, o estado da Bahia, tem uma receita bruta estimada em R$ 1,14 bilhão, a qual corresponde a 4,5% das lavouras. Em quinto colocado, está Rondônia, que deverá faturar em 2020 a cifra de R$ 769 milhões com a cultura do café, receita bruta equivalente a 22,6% das suas lavouras. Por fim, em sexto lugar, vem o estado do Paraná na produção de cafés, com uma receita calculada em R$ 455 milhões, montante que corresponde a 0,9% do total a ser arrecadado com as lavouras do estado.
Finalmente, cabe ainda ressaltar que a participação percentual do faturamento bruto da cafeicultura em relação ao VBP de todas as lavouras permite estabelecer o seguinte ranking em termos de importância do café nos seis estados, ora em destaque. Assim, o Espírito Santo destaca-se em primeiro lugar com o café representando 78,5% do faturamento das suas lavouras, em segundo Minas Gerais com 34,6%, em terceiro Rondônia com 22,6%, em quarto, Bahia (4,5%), em quinto São Paulo (4%) e, Paraná, que figura em sexto lugar nesse ranking, com 0,9%.
Os dados e números estatísticos que possibilitaram realizar esta análise da performance do faturamento bruto dos Cafés do Brasil, além de outras que podem ser realizadas, foram obtidos da edição de fevereiro de 2020 do Valor Bruto da Produção, estudo que é elaborado e divulgado mensalmente pela Secretaria de Política Agrícola – SPA, do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento – Mapa. Referido VBP está disponível na íntegra no Observatório do Café, coordenado pela Embrapa Café.
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