Queda nos preços de hortaliças marca outubro

O mês de outubro foi marcado por uma queda generalizada nos preços de hortaliças como alface, batata, cebola e cenoura na maioria das centrais de abastecimento do país, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). No entanto, o tomate destoou da tendência e apresentou alta nos preços.

A cebola registrou a maior queda percentual, com um recuo de 25,22% na média ponderada, atingindo um dos menores patamares dos últimos anos. O motivo principal foi a abundante oferta, que pressionou os preços para baixo em todas as Ceasas analisadas.

A batata também manteve a trajetória de redução nos preços, iniciada em julho. Em outubro, a queda continuou, mas os valores ainda são superiores aos registrados no mesmo período de 2023. Já a alface apresentou uma redução mais modesta de 1,02% em relação a setembro, no segundo mês consecutivo de variação negativa. A cenoura, por sua vez, teve uma queda de 5,17% na média ponderada, impulsionada por uma oferta consistente.

Na contramão, o tomate registrou aumento de 17,27% nos preços em relação ao mês anterior. O boletim explica que a oscilação foi influenciada por condições climáticas variadas: o calor acelerou a maturação em alguns momentos, aumentando a oferta, enquanto as chuvas reduziram a disponibilidade, dificultando ou interrompendo a colheita em outros.

Frutas: comportamento misto

No mercado de frutas, o movimento predominante foi de queda nos preços da banana, mamão e melancia. No caso da banana, a variedade prata teve redução de preços devido ao pico de safra e condições climáticas favoráveis. Já a nanica apresentou menor oferta em razão do período de entressafra e problemas climáticos em São Paulo e Santa Catarina.

O mamão, por sua vez, teve recuo nos preços em ambas as variedades, com maior intensidade na formosa, devido ao aumento da oferta. A melancia seguiu a tendência de queda, mas apresentou aumento significativo nas exportações, que podem alcançar recordes de rentabilidade.

Em contraste, a laranja registrou alta nos preços, acompanhada de uma redução na comercialização nas Ceasas. A escassez de oferta também afetou as exportações de suco de laranja. Já a maçã permaneceu com preços estáveis.