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A cultura da soja é uma das principais responsáveis pelo crescimento do uso de bioinsumos no Brasil, principalmente pela adoção, em larga escala, da fixação biológica de nitrogênio, além do controle biológico de pragas e doenças. Para aprofundar o conhecimento sobre o tema, a Embrapa Soja editou a publicação Bioinsumos na Cultura da Soja, que será lançada, neste dia 17 de maio, às 15h30, no estande da Embrapa, no IX Congresso Brasileiro de Soja e no Mercosoja 2022, a serem realizados de 16 a 22 de maio de 2022, em Foz do Iguaçu (PR).
Editada pela Embrapa Soja, a publicação Bioinsumos na Cultura da Soja tem como editores Maurício Conrado Meyer (Embrapa Soja), Adeney de Freitas Bueno (Embrapa Soja), Sérgio Miguel Mazaro (Universidade Tecnológica Federal do Paraná) e Juliano Cesar da Silva (Biotrop). A publicação conta com 538 páginas e está dividida em cinco partes: 1 Cenário, desafio e inovações de bioinsumos na cultura da soja, 2) Tecnologias de aplicação, 3) Aplicações - rizosfera/saúde do solo; 4) Aplicações - manejo de plantas daninhas e doenças e 5) Aplicações - manejo de pragas.
A soja ocupa cerca de 40 milhões de hectares no Brasil e a oleaginosa tem buscado se inserir em uma nova dinâmica produtiva, onde as culturas agrícolas são tratadas por meio de sistemas de cultivos. “Percebemos que os sistemas de cultivo da soja como uma monocultura, seguindo tratamentos calendarizados, utilizando grandes quantidades de agroquímicos e dependentes de regularidade hídrica, não irão se sustentar diante de desafios atuais”, defende o pesquisador Maurício Meyer, da Embrapa Soja.
No contexto pautado pela produção sustentável, os bioinsumos vêm propiciando o avanço da agricultura regenerativa. “Procuramos reunir, nesta publicação, o conhecimento que irá contribuir para a adoção correta dos bioinsumos, assim com incentivar novas pesquisas e inovações tecnológicas e ainda aprimorar as legislações de uma agricultura alicerçada na preservação ambiental”, defende o pesquisador Adeney de Freitas Bueno, da Embrapa Soja.
As pesquisas e as inovações sobre a utilização de bioinsumos vêm sendo geradas por meio de artigos científicos, mas muitas vezes, as publicações são restritas, dificultando o acesso de estudantes, técnicos, produtores e pesquisadores. “Por isso, decidimos reunir as informações nesta publicação consolidando o conhecimento que fica distribuído e não disponibilizado em um único banco de dados”, explica Sérgio Miguel Mazaro, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná.
De acordo com a CropLife Brasil, a indústria de produtos biológicos faturou em 2021 R$1,56 bilhão, representando um crescimento acima de 35% em relação ao ano de 2020. Até 2025, estima-se uma taxa de crescimento da ordem de 35%. Em março de 2022, foram contabilizados 502 produtos biológicos com registro ativo no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento sendo 299 (51%) bioinseticidas, 98(17%) biofungicidas, 82 bionematicidas (14%), 42 feromonios (7%) e 25 reguladores de crescimento (5 %). A soja ocupa 46% do mercado.
A liderança brasileira em produção de bioinsumos é fruto de investimentos da indústria, do registro crescente de novos produtos e de formulações eficientes, da descoberta de novos microrganismos, na combinação de microrganismos na mesma formulação, na utilização de extratos vegetais, entre outras. “A indústria de bioinsumos traz em sua essência, a inovação como regra, sendo que as equipes técnicas são compostas por profissionais qualificados, e que em conjunto com a pesquisa pública, vem avançando em posicionamentos mais assertivos, compreendendo as modalidades de ação, as compatibilidades, as melhores condições ambientais para o sucesso na aplicação, visando atingir o alvo de interesse”, defende Juliano Cesar da Silva, da Biotrop.
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